Autor: Filipe Manuel Neto
**Um filme muito bom, mas não surpreendente.**
Com base no romance de Alexandre Dumas, é a história da vingança de Edmond Dantes, um homem traído pelos seus amigos e preso por um crime que não cometeu. Dirigido por Kevin Reynolds, tem um argumento adaptado por Jay Wolpert e Jim Caviezel no papel principal.
Esta história é bem conhecida e é muito boa no cinema. É uma história atraente, com romance, bons argumentos para a acção e todo o público tende a gostar. No entanto, não é um filme de acção mas um drama focado na vida destruída de um homem e na sua sede de vingança. O argumento não é brilhante, nem podemos ser tentados a compará-lo com o livro. Mas faz um trabalho competente e transpõe para a tela a maioria dos principais aspectos do romance, enquanto adapta alguns pontos e traz alguns recursos novos que não aparecem no livro, para fins dramáticos. Na minha opinião, o maior pecado do roteiro é focar-se demasiado em Mondego, de modo que a vingança que Dantés exerce nos outros três conspiradores é mal explicada (um deles quase nem aparece no filme).
Os principais actores são Jim Caviezel e Guy Pearce, respectivamente, no papel de protagonista e do principal vilão. Ambos são boas apostas: Pearce pode ser irritante com a sua atitude arrogante e Caviezel dá à personagem uma certa dureza, sem perder a bondade e o senso de justiça. Mas este não é um dos melhores filmes dos dois actores. Foi filmado em locais muito atraentes, sob o ponto de vista visual, e tem bons efeitos visuais e figurinos.
Em suma: é um bom filme, que atrai facilmente todos os públicos e cumpre o seu papel de entreter e contar uma história. No entanto, não é brilhante ou particularmente notável.
Em 18 Mar 2018