Autor: Filipe Manuel Neto
**Uma sequela capaz e minimamente satisfatória.**
Neste filme, a múmia voltará a acordar, desta vez em Londres. Rick e Evelyn terão que correr contra o relógio para salvar o mundo novamente e, o mais importante, para salvar o seu filho, Alex. Esta é a sequela de "A Múmia", filme de 1999, tendo a direcção e o roteiro de Stephen Sommers e a participação de Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah e Arnold Vosloo, a que se juntaram Patricia Velásquez, Freddie Boath, Dwayne Johnson e Oded Fehr.
É sempre difícil para uma sequela surpreender o público que viu o primeiro filme. Este filme sofre dessa dificuldade e, portanto, não pode surpreender tanto quanto o primeiro. O roteiro também podia ter sido mais interessante: a história do "Rei Escorpião" dificilmente é convincente e parece uma espécie de publicidade encapotada ao filme com esse nome que surgiu no ano a seguir. Dwayne Johnson, por sua vez, desempenhou o seu papel perfeitamente bem: na época, este actor era bom para qualquer papel onde tivesse de bater quatro vezes mais que falar. O resto do elenco é bom, especialmente Freddie Boath, que foi brilhante em seu papel, e Arnold Vosloo, que deu à sua personagem uma profundidade psicológica que não teve a oportunidade de mostrar no primeiro filme. A banda sonora continuou a ser boa sem ser excepcional, os efeitos especiais e a maquilhagem continuaram a fazer o seu papel de forma positiva, mas sem surpresas. O CGI e recursos digitais surpreenderam mais no final, que está muito bem feito.
Este filme vem na senda de um óptimo filme, adequado para quase todas as idades. Eu acredito que, apesar de não ter sido exactamente uma surpresa para o público, isso não deve ser um grande pecado. Continua a ser um filme feito com muito cuidado, de forma inteligente e bem-humorada. É um filme para todos.
Em 20 Feb 2018