Autor: solon.moreira
Avaliação de um Leigo Metido a Besta
Guardiões da Galáxia vol II
Guardiões da Galáxia (2014), é simplesmente nota 10, ou bem perto disso, e juntamente com Os Vingadores (2012), é o melhor filme do universo Marvel. Divertido, grandioso, emocionante, envolvente. Bom elenco e personagens. Boa história, bom roteiro, boa direção e bons efeitos visuais. Tudo no seu lugar e ainda se preocupa em explicar as coisas mais "absurdas" que acontecem no filme. Vale lembrar ainda a trilha sonona, sensacional.
Já enche uma mão às vezes em que assisti e cada vez, me emociono e gosto mais.
Bom, depois dessa breve introdução, o que esperar do Volume II, filme mais aguardado do ano?
Chegamos mais uma vez na cadeira do cinema com velha e tendenciosa expectativa na casa do c4#&$%lho.
A impressão que ficou na saída do cinema (ainda digerindo toda a experiência IMAX 3D, que diga-se de ante mão, foi a melhor experiência áudio visual que já vivi), é de uma overdose de cores, tensão, por toda a ação, que o melhor do blockbuster sabe entregar e uma certa frustração pelos exageros.
Bom, voltando a expectativa, realmente não superou e convenhamos, tarefa tão difícil quanto um Stormtrooper acertar um tiro em um Jedi.
Aquilo que muito me agradou no primeiro filme - TUDO NO LUGAR, nem a mais, nem a menos - já não estava mais presente.
O volume II exagera em muita coisa: nas piadas, no drama, na forçação da física e dos heróis e naves indestrutíveis. Até o Baby Groot e as músicas começam a incomodar em certo momento.
Roteiro com muitos clichês, com seu ápice na frase do Yondo, quando diz: “... eu conduzo a flecha com o coração, Peter".
Desabafo feito, o somatório é positivo.
Destaque para os efeitos visuais e colorido do filme, lembra Avatar (2009). Cenários bons e criativos. Maquiagem ainda melhor que o primeiro filme. Trilha sonora não acerta tanto quanto em 2014, mas continua muito boa.
Personagens continuam envolventes e divertidos. Baby Groot, extremamente fofo, rouba a sena.
Salvo a física do absurdo, as senas de ação são muito boas. Destaque para briga entre Gamora e Nebulosa.
Os primeiros dois terços do filme tem tudo aquilo que a alta expectativa demandava. Muita diversão, senas de ação e perseguições, muito Baby Groot e invenções mirabolantes do Rocket, muitas frases ao pé da letra do Drax e claro o romance entre o Sr. das Estrelas e Gamora. Enfim, o desenvolvimento dos tão queridos Guardiões da Galáxia e a introdução dos antigos/ex-vilões e ainda novos personagens e núcleos.
A história atende. A introdução do pai do Peter e a ideia e adaptação de um ser celestial é boa e criativa.
É bem feita a forma em que yondo e nebulosa são introduzidas ao time.
O problema vem no terço final do filme, em que é criado um MEGAmonstro e na hora de resolver o problema, o filme cai em alguns clichês, com aquele roteiro conhecido, em que o bem vence o mau, usando o coração e explodindo o núcleo.
Pós problema resolvido, Peter perde o recém chegado pai e ganha o velho e ruim/bom pai adotivo, que salva o filho da morte, sacrificando sua vida, clichê também, porém em uma sena emocionante o conveniente.
Tudo a partir daí é o pós final, desnecessário, onde a carga dramática é exagerada.
Bônus:
Cena inicial, misturando apresentação dos personagens, ação, música, fofura e conexão ao filme anterior. Excelente abertura;
Referencias aos anos 80, principalmente as perseguições entre naves, lembrando os joguinhos de vídeo game;
Detalhes de física teórica, para os nerds de plantão;
Revelação do romance da Gamora e Peter, que surpreende e agrada;
Stallone, o "Rei dos Mercenários";
Senas pós crédito – ônus – trocamos qualidade por quantidade
A nota está distante do 10 do primeiro filme. Mas, pelo todo capricho, criatividade e investimento, não pode ficar abaixo do 8.
Chegamos ao 9, mas com os exageros e os clichês, 8,5 tá de bom tamanho.
Solon Moreira, maio de 2017.
Em 03 May 2017