Autor: Filipe Manuel Neto
**Agradável aos olhos e ouvidos, este filme procurou fugir um pouco ao padrão dos filmes de banda desenhada.**
Este filme marca o terceiro filme da franquia Homem Aranha, sob a chancela da Marvel. Neste filme, o jovem Peter Parker tenta harmonizar a sua vida normal de adolescente com a acção e os riscos de um herói mascarado.Contrariando os outros filmes, onde ele faz acções memoráveis graças à sorte e a um punhado de habilidade, neste filme são os problemas que vêm ter com Peter.
Tom Holland é um Peter Parker convincente, bastante confuso acerca do que deve fazer e ansioso por provar o seu valor diante de Tony Stark. O actor fez um bom trabalho e conseguiu dar-nos um Parker que oscila entre o heroísmo instintivo e a insegurança, típica de um rapaz em plena adolescência. Robert Downey Jr. traz-nos, como é habitual na franquia de filmes da Marvel, o icónico Homem de Ferro, que já havia feito noutros filmes e que conseguiu tornar egocêntrico e um mentor exigente. Michael Keaton deu vida a um vilão complexo e psicologicamente rico, muito mais do que a maioria dos que já vi em filmes deste género, o que foi extremamente positivo. Também gostei de ver o trabalho de , Marisa Tomei e Jon Favreau.
Inovador e engenhoso, o filme não explica as origens da personagem e vai directamente ao que interessa, funcionando quase como que uma sequela dos filmes anteriores feitos com esta personagem. De início foi difícil para mim engolir esta mistura de comédia com banda desenhada, e algumas das piadas do filme não surtiram qualquer tipo de efeito em mim. Também existe, claramente, uma tentativa de moderar as cenas de acção e de luta que pautaram filmes anteriores e de oferecer menos mas bom, com bom CGI e efeitos visuais muito realistas. Uma excelente fotografia com cores vivas e bons jogos de luz e sombra ajudam a fazer este filme agradável aos olhos e aos ouvidos.
Em 30 Jan 2020
