Autor: Filipe Manuel Neto
**Um marco do cinema de terror.**
Este filme trata de um único tema: ataques de tubarões a humanos. Dirigido por Steven Spielberg e escrito por Peter Benchley e Carl Gottlieb, tem um elenco de actores onde sobressaem Roy Scheider, Robert Shaw e Richard Dreyfuss.
Considerado por muitos como o filme de consagração de Spielberg (eu não concordo muito, acho que E.T. foi mais notável neste ponto), é um dos filmes mais populares dos anos Setenta. A honra vai para o director que sabia como trabalhar o tema e usava habilmente os efeitos especiais que tinha à disposição, mesmo que pensemos no fracasso que ele teve quando usou um infeliz tubarão mecânico. Na verdade, foi melhor assim porque temos mais medo do que não vemos. Os actores estiveram bem nos seus papéis, em particular Shaw. O roteiro é inovador e foi o primeiro a lidar com ataques de tubarões. Os efeitos sonoros são excelentes e John Williams criou uma das bandas sonoras mais impressionantes da história do cinema. É impossível não sentir o coração a bater mais depressa quando ouvimos aquela música que, sem surpresa, se tornou um clássico. Este filme ganhou três Óscares (Melhor Som, Melhor Banda Sonora e Melhor Edição) e o Globo de Ouro da Melhor Banda Sonora.
Não é uma coincidência que Spielberg seja um dos poucos directores que ganhou dois Óscares como tal. Meticuloso, inventivo, perfeccionista e genial, ele é um dos nomes mais notáveis do cinema recente. Embora este filme não compreenda por que os tubarões atacam pessoas (por regra, confundem-nas com focas e com outros animais na sua cadeia alimentar) e tenha causado um estigma contra eles, conseguiu manter a sua popularidade até hoje, mantendo-se digno da admiração do público.
Em 20 Feb 2018