Autor: Filipe Manuel Neto
**Não é tão mau como dizem.**
Eu normalmente não gosto de criticar uma sequela antes do filme inicial, mas decidi abrir uma excepção porque vi o primeiro filme há anos e pretendo ver novamente o quanto antes. Depois de importunar um convento no primeiro filme, Deloris Van Cartier é chamada de volta pelas freiras para ajudá-las a impedir o fecho de uma escola franciscana, assumindo a posição de professora de música. O filme manteve muito do elenco original e foi bom ver as freiras mais carismáticas e engraçadas do primeiro convento num cenário diferente. O roteiro é absolutamente previsível e instantaneamente percebemos a história toda, mas isso não foi um problema para mim porque não impediu que fosse engraçado e divertido.
Whoopi Goldberg é a estrela e carregou o filme às costas até ao fim, com frescura e profissionalismo. Eu não sei o quanto ela gostou de fazer a personagem, mas o facto é que ela mereceu os aplausos e comportou-se como uma profissional. O mesmo pode ser dito de Maggie Smith, uma notável actriz que deu vida à Madre Superiora. Kathy Najimy, Wendy Makkena, Mary Wickes, Barnard Hughes, Lauryn Hill e Ryan Toby também merecem os parabéns pelo trabalho que fizeram.
"Do Cabaret para o Convento 2" está longe do impacto e da magia do primeiro filme, e é por isso que sempre foi alvo de críticas. Mas não podemos ir tão longe a ponto de dizer que é totalmente mau. Há valores de qualidade aqui, e o principal deles é a capacidade que o filme ainda tem para entreter e não nos fazer lamentar tê-lo visto. E o filme, a partir do momento em que é uma comédia, faz tudo para ser engraçado e divertido. Não é suposto ser uma obra de arte nem o filme das nossas vidas, mas apenas fazer rir, e se é um facto que não pode faz dar gargalhadas, vai com toda a certeza fazer sorrir.
Em 27 Nov 2018