Autor: diogomachado
Filme muito bem produzido, desde o primeiro momento te prende com efeitos especiais bem feitos e o tamanho da tragédia que aconteceu ao lado de uma história de sobrevivência extrema do ser humano, recomendo assistir.
Em 21 Jan 2024
Autor: Pedro Quintão
A história é emocionante e comovente, entregando um relato fiel dos eventos reais, sem os típicos exageros de Hollywood. A luta dos sobreviventes pelas suas vidas é impossível de não nos emocionarmos. A realização de Juan Antonio Bayona é excelente, demonstrando sua capacidade única de criar uma atmosfera tensa e um drama impactante. Os efeitos visuais são impressionantes, especialmente nas cenas do acidente aéreo, que nos fazem sentir o pânico dos envolvidos. A cinematografia é notável, transmitindo a dimensão colossal e vazia do cenário, com um contraste de cores marcante em cada frame.
No entanto, o filme é um pouco longo, com quase 2h30m de duração. Apesar de não parecer lento, alguns momentos poderiam ser encurtados sem prejudicar o desenvolvimento narrativo. Além disso, foi difícil estabelecer uma ligação emocional individual com cada personagem, já que o foco predominante no grupo de sobreviventes limitou a exploração individual. A falta de distinção entre as personagens, tanto fisicamente como em suas personalidades, dificultou a identificação e empatia específicas com cada sobrevivente.
Em 22 Jan 2024
Autor: André Batista
Qual o limite do ser humano? O que somos capazes de suportar, física e psicologicamente, para sobreviver?
Foi esse o meu questionamento ao terminar de ver A Sociedade da Neve.
Mas isso vai além da discussão mais óbvia acerca do que os 29 sobreviventes da queda do avião Voo Força Aérea Uruguaia 571 precisaram fazer para sobreviver na cordilheira dos Andes.
A história desses sobreviventes é um exemplo de superação contato com maestria ao longo de duas horas e meia de filme. Tempo esse que você mal percebe passar, uma vez que desde os primeiros minutos de filmes você é jogado na mesma luta por sobrevivência, absorto ao se sentir quase como parte de tripulação.
A maestria da manipulação de câmera em um pequeno espaço, longas exposições e planos fechados fazem você se sentir presente, tenso a cada segundo e conectado com os conflitos dos personagens, em atuações surpreendentes para um grupo de atores tão jovens.
Como qualquer história de superação, é repleto de momentos onde a esperança parece não pertencer mais àquele mundo, o que tornam as vitórias do espírito humano ainda mais surpreendentes e emocionantes.
Em certos momentos do filme, você se lembra que a história é real, que esses momentos de superação são reais. Nesses momentos, é impossível não se emocionar e fazer a si o questionamento que eu me fiz: Qual o limite do ser humano? O que somos capazes de suportar, física e psicologicamente, para sobreviver?
_**E se fosse eu lá?**_
Para mim, foi impossível não pensar que mesmo nos meus momentos de maior dificuldade, mesmo enfrentando o pior dos meus problemas, eu nunca cheguei nem perto de ser testado pela vida no nível que aquele grupo de jovens foi. E, uma vez, que você supera tamanho desafio, você deve se sentir capaz de enfrentar qualquer outro que a vida coloque no seu caminho.
Eu terminei o filme legitimante surpreso e impactado pelos vários exemplos de força de vontade e desejo de viver que o filme nos entrega. Saí determinado a não me deixar desesperar pelos meus próprios problemas e enfrentar meus desafios com a perspectiva de que, por mais que não possamos relativizar sofrimento, as coisas poderiam **sim** ser muito piores.
E mesmo se fossem, nas palavras de Frida Kahlo:
> Ao fim do dia, podemos aguentar muito mais do que pensamos que podemos.
Contanto que não percamos a esperança.
Em 29 Feb 2024
Autor: Rosana Botafogo
Maravilhosamente realístico, se a versão anterior de 1993 já nos angustiava e encantava, esse nos imprime uma dor ainda mair pela riqueza de detalhes em cada cena, com a dramaticidade da narração, os diálogos de sofrimento e coragem, tudo muito crível e frio, conseguimos adentrar naquele ambiente gélido e imaginar a sensação de frio, desgaste, fome, a fome é um capitulo a parte, a necessidade de se alimentarem de carne humana, o cuidado de apenas 2 deles saberem de quem eram os corpos devorados, para que o sofrimento embutido no ato fosse menos doloroso e até mesmo pecaminoso, já que muitos ali relutaram em tomar tal ato, somente quando as esperanças de serem resgatados se esvaíram, quando ouviram não radio o encerramento das buscas por eles....
Em 23 Mar 2024