Nefarious

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Lançamento: 14 Apr 2023 | Categoria: Filmes

Nefarious

Nome original: Nefarious

Idiomas: Inglês

Classificação:

Genero: Terror, Thriller

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Poster: Ver poster

Produção: Believe Entertainment, Soli Deo Gloria Releasing

Sinopse

No dia de sua execução, um assassino em série passa por uma avaliação psiquiátrica na qual ele afirma ser um demônio, e ainda alega que antes de seu tempo acabar, o psiquiatra cometerá três assassinatos.

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Reviews

Autor: shllomo

Seguramente é o melhor filme de 2023 até agora. Dito isto, vamos às minhas impressões. (Não contém spoilers) 1 - Não é um filme católico, muito menos um filme evangélico. Teologicamente, no que concerne a possessões demoníacas, do ponto de vista católico, e do ponto de vista estritamente bíblico, o filme me parece muito correto. As doutrinas sobre possessões são praticamente todas elas, extra bíblicas, e não é possível traçar uma fenomenologia que não seja, em sua maioria, eisegética. Assim, a visão do autor é também eisegética, entretanto, na minha opinião, bastante alinhada com as escrituras e com os relatos documentais à disposição. Biblicamente, o que temos é que algumas pessoas receberam autoridade para expulsar demônios, e depois da era apostólica, o fenômeno foi tragado por uma avalanche de mal entendidos, ao ponto de associarem todos eles com doenças mentais, fato que não deixa de ser uma tragédia para humanidade. O filme sutilmente apresenta também este problema ao espectador. 2 - Com relação aos diálogos, não espere discussões altamente filosóficas, como andam alardeando nos canais de Youtube. Porém, é justamente esta característica que torna o filme tão bom. Porque o autor não tenta ser didático. O autor nem mesmo menciona os questionamentos de forma direta, e esta característica força o espectador a tentar entender do que o demônio está falando. Não existe estratégia pior do que tentar explicar premissas que, por definição, já deveriam ser do conhecimento do público alvo. Se de um lado pode facilitar o entendimento para o público neófito ou não prosélito, por outro lado torna a obra panfletária e tediosa para os que foram erroneamente subestimados. Os diálogos são, portanto, rápidos, sucintos, e é tarefa do espectador captar as suas nuances em todas as dimensões que o diretor pretendeu apresentar. É preciso entender que o demônio Nefarious é um demônio "real"; uma criatura extremamente inteligente; inteligente em um nível sobre-humano. O autor não poderia passar esta característica com diálogos longos e didáticos, pois nenhum de nós tem a inteligência de um demônio. O autor escolhe então a única abordagem eficiente: a de fornecer diálogos curtos e densos, deixando toda a tarefa de interpretação para o espectador. E vou dizer que nem sempre ele consegue tal efeito, mas a estratégia funciona em 99% dos casos. O escritor com certeza fez o dever de casa para capturar o efeito necessário. É preciso notar também que o personagem do demônio tem pouco tempo para executar seu plano; isto tudo acaba direcionando as sutilezas do diálogo, que mais parece uma necessidade do roteiro do que uma característica intencional. É aquele caso onde a regra do menos é mais é extremamente necessária, mas que raramente é obedecida. 3 - As atuações. Se existe um ator que merece uma indicação ao Oscar este ano é Sean Patrick Flanery (logicamente a lacrate não vai permitir). Os demais atores são praticamente coadjuvantes no filme. Jordan Belfi faz um trabalho ok, mas perdeu a chance de fazer algo muito superior; não sei se porque ele tem limitações, pois não conheço este ator muito bem. Eu notei que no (horrível) final do filme ele vem em uma melhor forma, antes ele tivesse atuado com o mesmo empenho durante o filme como um todo. De qualquer maneira, tais percalços não atingem o resultado final. 3 - O desastroso final. Não consigo conceber como um diretor pode permitir-se estragar um obra tão boa. O final desde filme é semelhante o que o final de Game of Thrones foi para a referida série. Eu só posso imaginar que houve uma decisão político ideológica para que um excerto tão mal escrito, tão ridículo em relação ao filme como um todo, fosse incluso. O filme pra mim termina quando o possesso está no caminho do corredor da morte. Naquele ponto o filme deveria terminar. Ali, descobrimos a dimensão da maldade demoníaca, e a tragédia que é a danação eterna. Tudo que vem depois é desnecessário e panfletário demais; quase que desonrando a obra. Por causa do final um filme que deveria ser 8, virou um 7.5 se tanto. O filme só não é 9 pelo baixo orçamento, sobretudo por causa do SOM, que não é muito bom, sobretudo no início do filme. Então, tecnicamente não poderia ser 9. Seria 10 pela atuação e roteiro, e um 7 pela direção. Fotografia e trilha sonora não influenciam muito no filme. Entretanto, por causa do final, eu tive que baixar a nota pra 7.5. Mas é um ótimo filme, um dos melhores que assisti, e recomendo que todos assistam. A obra não vai deixar reflexões profundas, mesmo porque ela literalmente ataca uma grande parcela da sociedade que se acha realmente superior; e para outra parcela, a de prosélitos que já entende bem a dimensão do problema, não acrescenta muita coisa, embora discorra sobre o assunto de uma forma magistral. Por isso não pode ser um clássico. Mas é um ótimo filme.

Em 05 Aug 2023

Autor: shllomo

Nefarious, seguramente é o melhor filme de 2023 até agora. Dito isto, vamos às minhas impressões. (Não contém spoilers) 1 - Não é um filme católico, muito menos um filme evangélico. Teologicamente, no que concerne a possessões demoníacas, do ponto de vista católico, e do ponto de vista estritamente bíblico, o filme me parece muito correto. As doutrinas sobre possessões são praticamente todas elas, extra bíblicas, e não é possível traçar uma fenomenologia que não seja, em sua maioria, eisegética. Assim, a visão do autor é também eisegética, entretanto, na minha opinião, bastante alinhada com as escrituras e com os relatos documentais à disposição. Biblicamente, o que temos é que algumas pessoas receberam autoridade para expulsar demônios, e depois da era apostólica, o fenômeno foi tragado por uma avalanche de mal entendidos, ao ponto de associarem todos eles com doenças mentais, fato que não deixa de ser uma tragédia para humanidade. O filme sutilmente apresenta também este problema ao espectador. 2 - Com relação aos diálogos, não espere discussões altamente filosóficas, como andam alardeando nos canais de Youtube. Porém, é justamente esta característica que torna o filme tão bom. Porque o autor não tenta ser didático. O autor nem mesmo menciona os questionamentos de forma direta, e esta característica força o espectador a tentar entender do que o demônio está falando. Não existe estratégia pior do que tentar explicar premissas que, por definição, já deveriam ser do conhecimento do público alvo. Se de um lado pode facilitar o entendimento para o público neófito ou não prosélito, por outro lado torna a obra panfletária e tediosa para os que foram erroneamente subestimados. Os diálogos são, portanto, rápidos, sucintos, e é tarefa do espectador captar as suas nuances em todas as dimensões que o diretor pretendeu apresentar. É preciso entender que o demônio Nefarious é um demônio "real"; uma criatura extremamente inteligente; inteligente em um nível sobre-humano. O autor não poderia passar esta característica com diálogos longos e didáticos, pois nenhum de nós tem a inteligência de um demônio. O autor escolhe então a única abordagem eficiente: a de fornecer diálogos curtos e densos, deixando toda a tarefa de interpretação para o espectador. E vou dizer que nem sempre ele consegue tal efeito, mas a estratégia funciona em 99% dos casos. O escritor com certeza fez o dever de casa para capturar o efeito necessário. É preciso notar também que o personagem do demônio tem pouco tempo para executar seu plano; isto tudo acaba direcionando as sutilezas do diálogo, que mais parece uma necessidade do roteiro do que uma característica intencional. É aquele caso onde a regra do menos é mais é extremamente necessária, mas que raramente é obedecida. 3 - As atuações. Se existe um ator que merece uma indicação ao Oscar este ano é Sean Patrick Flanery (logicamente a lacrati não vai permitir). Os demais atores são praticamente coadjuvantes no filme. Jordan Belfi faz um trabalho ok, mas perdeu a chance de fazer algo muito superior; não sei se porque ele tem limitações, pois não conheço este ator muito bem. Eu notei que no (horrível) final do filme ele vem em uma melhor forma, antes ele tivesse atuado com o mesmo empenho durante o filme como um todo. De qualquer maneira, tais percalços não atingem o resultado final. 3 - O desastroso final. Não consigo conceber como um diretor pode permitir-se estragar um obra tão boa. O final desde filme é semelhante o que o final de Game of Thrones foi para a referida série. Eu só posso imaginar que houve uma decisão político ideológica para que um excerto tão mal escrito, tão ridículo em relação ao filme como um todo, fosse incluso. O filme pra mim termina quando o possesso está no caminho do corredor da morte. Naquele ponto o filme deveria terminar. Ali, descobrimos a dimensão da maldade demoníaca, e a tragédia que é a danação eterna. Tudo que vem depois é desnecessário e panfletário demais; quase que desonrando a obra. Por causa do final um filme que deveria ser 8, virou um 7.5 se tanto. O filme só não é 9 pelo baixo orçamento, sobretudo por causa do SOM, que não é muito bom, sobretudo no início do filme. Então, tecnicamente não poderia ser 9. Seria 10 pela atuação e roteiro, e um 7 pela direção. Fotografia e trilha sonora não influenciam muito no filme. Entretanto, por causa do final, eu tive que baixar a nota pra 7.5. Mas é um ótimo filme, um dos melhores que assisti, e recomendo que todos assistam. A obra não vai deixar reflexões profundas, mesmo porque ela literalmente ataca uma grande parcela da sociedade que se acha realmente superior; e à outra parcela, a de prosélitos que já entende bem a dimensão do problema, não acrescenta muita coisa, embora discorra sobre o assunto de uma forma magistral. Por isso não pode ser um clássico. Mas é um ótimo filme.

Em 10 Aug 2023

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