Filadélfia

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Lançamento: 22 Dec 1993 | Categoria: Filmes

Filadélfia

Nome original: Philadelphia

Idiomas: Inglês

Classificação:

Genero: Drama

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Produção: TriStar Pictures, Clinica Estetico

Sinopse

O advogado Andrew trabalha num conceituado escritório de advocacia. Quando descobre que é portador do vírus HIV, é despedido sumariamente. Ele então contrata os serviços de outro advogado para processar a companhia.

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Reviews

Autor: Filipe Manuel Neto

**Um filme denso, perturbador, difícil, mas altamente relevante.** Bem, quem tiver a paciência e a caridade de ler o que eu escrevo talvez já tenha percebido que eu não sou um grande fã de filmes excessivamente militantes, mesmo se forem causas ou ideias que eu até defendo ou com que eu tenda a concordar. Para mim, o cinema é acima de tudo um entretenimento e uma expressão artística, não um manifesto político, social ou de crenças. No entanto, é realmente difícil não abrir uma excepção quando se trata da discriminação de pessoas no ambiente de trabalho. Eu sei o que, provavelmente, o meu simpático leitor está a pensar: o filme não é sobre isso, é sobre a SIDA. É verdade. Mas a SIDA é um pretexto para justificar o que acontece àquele homem. Ele é discriminado e perde o emprego por ser homossexual. Não vou perder muito tempo a explicar o que acontece no filme. É relativamente antigo e quase toda a gente já o viu pelo menos uma vez: Andrew Beckett é um jovem advogado com um futuro promissor até descobrir que contraiu SIDA num encontro sexual casual com outro homem. A doença torna-se cada vez mais óbvia ao olhar dos patrões, e ele acaba por ser despedido, razão pela qual decide processar a firma, defendendo que a real motivação para o despedimento foi o preconceito deles relativamente à sua (discreta) homossexualidade, que a doença denunciou. O filme é excelente e, na época, fez muito para desmistificar a SIDA, uma doença acerca da qual havia pouco conhecimento geral e que muitas pessoas temiam porque não era bem evidente a forma como se disseminava. Hoje em dia, com mais informação e conhecimento público, esses mitos desfizeram-se, mas isso não impede que a doença seja uma das mais temidas, a par com o cancro ou a leucemia. Todavia, o filme não foi capaz de descolar a SIDA da homossexualidade. Eu entendo isso: uma doença destas dissemina-se facilmente em meios sociais onde a conduta sexual é mais liberal, e nós sabemos que boa parte dos GLBT’s não tem relacionamentos muito estáveis. Mas a verdade é que nós, hoje, sabemos bastante bem que a SIDA pode perfeitamente ser contraída por heterossexuais que não tenham o bom senso de se protegerem. De facto, eu até costumo associar mais a SIDA aos usuários de drogas, em virtude do enormíssimo risco que eles correm ao consumirem drogas em ambientes imundos e partilharem seringas entre si. Além de o filme ter um tema altamente pertinente e pesado, que lhe garante uma relevância e importância que de outra forma nunca teria, há outra razão para este filme ser um êxito e ter enorme repercussão: Tom Hanks. Este é, definitivamente, o filme que abriu os horizontes da carreira dele, contribuindo decisivamente para o tornar num dos mais queridos actores dos EUA. Ele ainda era jovem aqui, estava a sair de uma fase em que fez muitas comédias de qualidade e o filme foi uma oportunidade para mostrar o seu lado sério e dramático. Escusado será dizer, o actor aproveitou cada segundo e deu-nos um dos trabalhos mais significativos da carreira, numa brutal odisseia que lhe valeu lo Óscar de Melhor Actor, feito que bisou logo no ano a seguir, com “Forrest Gump”. Notável! Ao lado dele, um enérgico Denzel Washington, que só não fica mais apagado e morno porque o carisma demolidor do actor não lho permite… e não é fácil colocar Denzel fora das luzes da ribalta! Não é um filme que eu sinta merecer grandes notas nos pontos mais técnicos. Johathan Demme, o director, teve o bom senso de não mascarar o filme sob toneladas de artifícios visuais e de som que o filme não exigia. É um filme limpo, liso, com um discurso tão directo como um soco no estômago do público. E acreditem, é um daqueles filmes difíceis de ver, que faz pensar e que não nos deixa nada felizes. Em todo o caso, a cinematografia, cenários e figurinos fazem um bom trabalho, e as cenas no tribunal (uma sala verdadeira que foi usada para o filme) valem a pena pelo realismo. E se é verdade que Bruce Springsteen mereceu com inteira justiça o Óscar pela Canção Original “Streets of Philadelphia” (que ouvimos praticamente na íntegra, durante uma longa sequência de créditos iniciais, com cenas desta cidade), um dos grandes êxitos do cantor, eu não posso deixar de salientar igualmente as árias de ópera utilizadas no filme, e que são, na sua maioria, gravações da eterna diva Maria Callas em várias óperas como “Adriana Lecouvreur”, “La Vestale” ou “Andrea Chénier”. O contrasta da crueza bruta do filme e dos seus temas com a sublime beleza e lirismo destas melodias não podia ser mais desconcertante.

Em 08 Dec 2022

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