Autor: Filipe Manuel Neto
**Visualmente grandioso, com excelente CGI e efeitos sonoros, mas carece de uma trama eficaz e personagems capazes de uma performance.**
Este filme é a sequela do filme de 2012, mais uma vez centrado na figura do Homem-Aranha. Aqui, o jovem Peter Parker sente-se muito dividido entre o amor de Gwen e o medo de que a sua acção enquanto justiceiro possa colocá-la em perigo. Depois, surge um novo super-vilão (bem, toda a história relacionada com ele realmente não me convenceu, principalmente quando ele passa a odiar o Homem-Aranha), e tudo acontece rápido demais a partir daí.
Tal como no primeiro filme, as personagens são superficiais e a trama é pouco desenvolvida. O elenco não tem como brilhar, pois não lhe deram material para isso. Salvam-se, em certa medida, Andrew Garfield e Emma Stone pelo bom par romântico que fizeram. O ritmo acelerado do filme e a forma como os acontecimentos se atropelam não permite desenvolvimentos ou delongas. O filme está claramente voltado para o uso e abuso de CGI e recursos visuais e sonoros de qualidade. Sem dúvida, são notáveis, mas não justificam o filme, que está cheio de momentos dramáticos e psicológicamente profundos que, depois, a trama desperdiça completamente em detrimento da acção, do CGI e do "show-off", que realmente vale a pena ver.
De todos os filmes acerca do Homem Aranha, eu penso que este deve ser o pior, ou um dos piores.
Em 08 Nov 2019