Autor: Filipe Manuel Neto
**Preguiçoso, encostado à sombra do filme original, não tem grandes méritos por si mesmo.**
Daniel Petrie resolveu pegar num filme que fez algum êxito e adquiriu certo carinho e fazer uma sequela pobre. Creio que quase todos sabem que uma sequela de um bom filme quase nunca é tão boa como o filme original… podia ser um cliché, mas a verdade é que é algo tão habitual que se tornou algo expectável. De resto, para os estúdios, é uma boa forma de fazer dinheiro sem um esforço considerável nem um grande empate de capital.
O que este filme nos oferece é, resumidamente, mais do mesmo, porém sem qualquer encanto. O filme encosta-se à sombra do sucesso do predecessor e dormita pacificamente acreditando que vamos gostar porque gostamos do primeiro filme. Não funcionou comigo. A única coisa que faz este filme realmente valer a pena é o facto de reunir novamente boa parte do elenco do seu antecessor. Vale a pena ver algumas das peripécias de Don Ameche, Wilford Brimey, Maureen Stapleton e Jack Gilford. Dá para perceber que eles estão a divertir-se bastante com o projecto, e que o filme, mesmo não sendo brilhante, lhes permitiu revisitar personagens que gostaram de fazer. O filme funciona razoavelmente graças a isso, e o elenco mais velho quase que tem o seu próprio sub-enredo aparte, mas o filme perde por não ir além disso, graças a um roteiro bastante fraco. Steve Guttenberg, por exemplo, é ainda mais desinteressante aqui do que foi no filme original, o que é realmente qualquer coisa de relevante. Tecnicamente, o filme não comete grandes erros ou falhas, mas não é particularmente brilhante.
Em 14 Feb 2023