Feliz Natal

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Lançamento: 09 Nov 2005 | Categoria: Filmes

Feliz Natal

Nome original: Joyeux Noël

Idiomas: fr

Classificação:

Genero: Drama, Guerra, Romance, História

Site:

Poster: Ver poster

Produção: Senator Film, Media Pro Pictures, The Bureau, Artémis Productions, Les Productions de la Guéville, TF1 Films Production, Nord-Ouest Films, Canal+, Ciné Cinéma

Sinopse

Natal de 1914, em plena 1ª Guerra Mundial. A neve e presentes da família e do exército ocupam as trincheiras francesas, escocesas e alemãs, envolvidas no conflito. Durante a noite os soldados saem de suas trincheiras e deixam seus rifles de lado, para apertar as mãos do inimigo e confraternizar o Natal. É o suficiente para mudar a vida de um padre anglicano, um tenente francês, um grande tenor alemão e sua companheira, uma soprano.

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Reviews

Autor: Filipe Manuel Neto

**Um filme muito humano e espiritual que mostra a crueza de uma guerra sem sentido.** Antes de falar do filme, vou deixar um breve comentário histórico aos incidentes reais que lhe deram base. As chamadas “Tréguas de Natal” foram pausas informais que aconteceram por volta do Natal de 1914 ao longo da frente ocidental da Primeira Guerra Mundial. Consistiram de acordos de cessar-fogo oficiosos entre os beligerantes, às vezes seguidos por momentos de confraternização. Apesar de, agora, isto parecer surpreendente, e de ter sido feito à margem das ordens e vontade dos altos comandos militares de ambos os lados, este incidente não é caso único e tem origem nas crenças cristãs, então ainda vincadas na mente e comportamento dos povos europeus, independentemente do país e da cultura. Pessoalmente, creio que havia ainda uma certa tradição de procurar evitar lutar no Natal e na Páscoa, as datas mais fortes da fé cristã e em que, pelo menos os católicos, tinham a tradição das “tréguas de Deus”, que é uma trégua de alguns dias para celebrar e rezar. Mesmo que não exista uma ligação entre as “tréguas de Deus” e o ocorrido em 1914, o cumprimento destas tréguas informais foi a última vez em que um conflito militar generalizado parou por motivos religiosos, e serve para nós compreendermos (como aqueles soldados também compreenderam) que há muito mais a unir os povos do que a separá-los e que a solução dialogada de conflitos é sempre preferível a uma guerra. No ano seguinte, em 1915, os alemães ainda quiseram repetir estas tréguas mas os militares aliados não lhes deram possibilidades. O aumentar da intensidade e da ferocidade da guerra acabariam, com o tempo, com qualquer hipótese de confraternização. O filme, penso, conseguiu fazer uma abordagem ao essencial desta questão, isto é, mostrar o que unia aqueles soldados, divididos por bandeiras, fardamentos e trincheiras. Mostrar que a fé em Deus e na humanidade podem unir com irmãos povos diferentes e fazer parar as guerras, abrindo espaço para novas vias de diálogo. Se aqueles comandantes tivessem poder, teriam de certeza sido capazes de negociar a paz entre os seus países ali mesmo porque viram o lado humano do inimigo, viram que o inimigo é só outro homem com família, que pensa da mesma forma e que também quer voltar para casa. Claro que o filme também tem muitos elementos ficcionais, como os cantores e actores de ópera e tudo aquilo que eles fizeram no filme… mas é um filme, não um documentário e eu lidei bem com isso. Se excluirmos esses apontamentos ficcionais, o filme está muito bem feito e tem bastante rigor histórico, além de que é bastante neutro politicamente, isto é, evita cair no erro de classificar os heróis e os vilões. É um filme europeu, feito em co-produção entre diversos países, e foi certamente um esforço muito feliz e bem sucedido. Parece-me desnecessário falar do elenco na medida em que não sou um perito em actores europeus e não conheço nenhum dos envolvidos aqui. De qualquer modo, o elenco fez um trabalho muito bem feito e o facto de não haver nomes famosos até foi bom, permitindo-nos ver melhor a personagem em vez do actor que a interpreta. Diane Kruger e Benno Fürmann são a excepção a esta regra, sendo os únicos actores que eu reconheci de trabalhos anteriores. Eles estiveram bem, mas são autênticas notas de rodapé num filme que não foi feito para eles brilharem. Eles também fingem cantar, mas as vozes que ouvimos, e que são magníficas, pertencem aos cantores líricos profissionais Natalie Dessay e Rolando Villazón. Particularmente, penso que os melhores actores deste filme foram Guillaume Canet (que deu vida ao oficial francês Audebert), Gary Lewis (que interpretou o pastor protestante escocês, a personagem responsável pelos momentos mais marcadamente espirituais e ecuménicos deste filme) e Daniel Brühl (o oficial alemão). Tecnicamente, é um filme que não prima por valores de produção vistosos mas tem qualidade e muita beleza visual, para o que contribui largamente uma cinematografia esmerada, com boa cor e luz. Os figurinos são bastante interessantes e visualmente bem feitos, mas às vezes parecem demasiado limpos para soldados que estão no meio da lama há semanas. A música é discreta mas inclui belas peças líricas cantadas, que ficam no ouvido e ficara maravilhosas no filme.

Em 01 Aug 2020

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