O Franco Atirador

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Lançamento: 08 Dec 1978 | Categoria: Filmes

O Franco Atirador

Nome original: The Deer Hunter

Idiomas: Inglês

Classificação:

Genero: Drama, Guerra

Site:

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Produção: Universal Pictures, EMI Films

Sinopse

Três amigos recrutados para a guerra do Vietnã são capturados pelos vietcongues. Além de maltratados fisicamente, é a tortura psicológica e um jogo de roleta russa entre eles que os fará repensar o motivo de tudo aquilo.

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Reviews

Autor: Filipe Manuel Neto

**Não entendo como ganhou tantos prémios.** Confesso que não sabia bem o que esperar deste filme quando comecei a vê-lo. Sabia que era um filme prestigiado, considerado por muitos como um dos melhores filmes da década de 1970, e sabia o básico sobre o enredo. No final, confesso que gostei daquilo que vi, mas não parece ser tão bom como muito dizem ser e como devia ser um filme que ganhou cinco Óscares da Academia (Melhor Filme, Melhor Director, Melhor Som, Melhor Edição e Melhor Actor Secundário) e foi indicado para mais quatro estatuetas (Melhor Actor, Melhor Actriz Secundária, Melhor Cinematografia e Melhor Argumento Original) em 1979! O roteiro é um complexo e convém estar com atenção à medida que cada personagem vai sendo apresentada. O filme centra-se em três jovens russo-americanos, de uma comunidade rural da Pensilvânia, que vão para a Guerra do Vietname: Michael é o mais forte e carismático, Steven vai casar-se e Nick deixa uma namorada para trás, por quem Michael sente uma forte atracção. Unidos pela amizade, acabam separados pela guerra. Muito se pode dizer acerca da história contada neste filme, dirigido por Michael Cimino no único filme de sucesso da sua curta e obscura carreira. A primeira hora custou-me imenso: o filme demora a arrancar e a introdução está sobrecarregada de diálogos e cenas que podiam perfeitamente ter sido cortadas na fase de edição e montagem. Esta parte do filme deveria ser mais breve, apresentando as personagens e o seu meio sem aborrecer demasiado o público e insistir em detalhes que não interessam à história contada (caso dos detalhes do casamento e da festa que veio depois). Outro problema que eu senti foi ver as personagens centrais deste filme a comportarem-se de forma tão absolutamente imatura. Para o filme funcionar estas personagens têm de conquistar a simpatia do público e não o seu ódio! Depois de uma hora de sofrimento e olhadelas para o relógio, os três rapazes vão finalmente para o Vietname. E aqui temos outra surpresa: a Guerra do Vietname nunca ocupou tão pouco tempo num filme sobre ela! Não estarei a exagerar se disser que vi apenas meia hora de cenas de guerra. Senti que o director Cimino quis passar rapidamente por cima da guerra e que desenvolver esta parte do filme era algo que ele não queria fazer. Mas se este é um filme acerca da guerra e da forma como ela afectou aquelas pessoas, era um tema primordial e que urgia desenvolver mais! Só vimos um ataque! Aquele maldito casamento era mais importante? É a partir daqui que o filme melhora substancialmente, com o desenvolver de uma história muito dramática em torno do destino de cada uma das três personagens. Daqui em diante eu só tenho uma única objecção a fazer: eu até sou capaz de compreender o simbolismo que tem o jogo da roleta russa, e que Cimino tenha tido a ideia de apostar nele como uma espécie de… ‘leitmotiv’ para o seu filme. Isso eu compreendo. Mas uma questão de lógica e credibilidade é impossível de negar: Michael joga esse jogo cerca de sete a dez vezes, sem contar com todos os jogos que Nick terá feito… a não ser que se faça batota de algum modo, é impossível ficar vivo tanto tempo. Ah! E aquele final com todo o elenco a cantar *God Bless America* parece algo tão absurdo que chega a ser cínico. Falemos do elenco… e temos um elenco cheio de pesos pesados. Robert De Niro brindou-nos com um desempenho excepcionalmente contido, mas que ainda está cheio de carisma e intensidade nos momentos certos; Christopher Walken deixou-nos o melhor trabalho da sua carreira, o que não é dizer pouco tendo em conta a longevidade do actor e a regularidade do seu trabalho; John Cazale e a sua esposa, a jovem Meryl Streep, também entram neste filme que foi, de resto, a despedida de Cazale, famoso pela participação nos filmes da trilogia *O Padrinho*, e que participou neste filme já bastante debilitado pelo cancro que o vitimou, dias depois do fim das filmagens. Tecnicamente, é um filme com altos e baixos. Por um lado, temos uma óptima cinematografia, que sabe aproveitar bem a luz e a sombra, criar ambiente e transmitir sensações ao público; os cenários e figurinos foram muito bem-feitos e pensados ao detalhe, com especial atenção para o casamento e as cenas na selva e em Saigão. A escolha das paisagens e locais de filmagem foi satisfatória, mas nem sempre certeira, se considerarmos que a Pensilvânia foi aqui retractada e mostrada de uma maneira que se parece mais com o Colorado. A edição e pós-produção são miseráveis e parecem ter sido feitas por alguém incapaz de cortar cenas que estão nitidamente a mais (relembro que o filme ganhou o Óscar nesta categoria naquele ano, o que é no mínimo surreal e diz muito acerca das escolhas da Academia). Os efeitos sonoros são decentes, mas a qualidade do som está abaixo do que podíamos esperar. Melhor mesmo é a música, muito especialmente a cavatina composta para este filme por Stanley Myers.

Em 20 Sep 2020

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