O Grande Hotel Budapeste

Autor: Filipe Manuel Neto

**Refinado e elegante, não é aconselhável a quem procura o riso fácil.** Este foi o meu primeiro contacto com a obra de Wes Anderson e, pelo pouco que conheço agora (este filme), acredito que posso concordar com a opinião geral de que o director é bom, competente e intelectual, brindando-nos com filmes muito bons mas que são um pouco difíceis de descrever em poucas palavras. O filme diverte-nos. Somos capazes de apreciar a comédia refinada que estamos a ver mas dificilmente se pode dizer que é um filme adequado para todos os públicos. As pessoas que procuram algo mais "popular", onde o riso é mais fácil, podem ter dificuldade em perceber as piadas e rir. O veterano Ralph Fiennes é o protagonista. Escusado será dizer que, mais uma vez, ele prova a sua versatilidade inquestionável e dá ao público um trabalho de excelente qualidade. Adrien Brody e Edward Norton também foram perfeitos para as personagens a que deram vida. F. Murray Abraham, Willem Dafoé, Mathieu Amalric, Jeff Goldblum e outros actores, de peso e prestígio, entram neste filme, mas os seus papéis são tão pequenos que não podemos chamá-los de papéis mas sim "cameos". Talvez o prestígio do director e a qualidade do filme fossem os motivos que levaram tantas estrelas a fazer pequenas aparições. Afinal, como disse o poeta, "não há pequenos papéis, mas pequenos actores", não é?