Princesa Mononoke

Explore filmes e séries
Lançamento: 12 Jul 1997 | Categoria: Filmes

Princesa Mononoke

Nome original: もののけ姫

Idiomas: ja

Classificação:

Genero: Aventura, Fantasia, Animação

Site: https://studioghibli.com.br/filmografia/princesa-mononoke/

Poster: Ver poster

Produção: Studio Ghibli, dentsu, Tokuma Shoten, Nippon Television Network Corporation, Nibariki, TNDG

Sinopse

Um príncipe infectado por uma doença sabe que irá morrer, a menos que encontre a cura. Sendo a sua última esperança, segue para o leste e, durante o caminho, encontra animais da floresta lutando contra a sua exploração, liderados pela princesa Mononoke.

Vídeos

Vídeo não disponível

Galeria de imagens

Reviews

Autor: Filipe Manuel Neto

**O equilíbrio entre o Bem e o Mal, a Vida e a Morte, explicado numa fábula simples.** Quando falamos de cinema de animação é preciso compreender que não estamos a falar de desenhos animados. O facto de um filme ser uma animação não o deixa menos adulto, e este filme é um exemplo claro de uma animação que não é pensada para as crianças, é algo para os adultos apreciarem, e para os fazer pensar. Não sou um fã de “anime” japoneses, apesar de apreciar vários aspectos da cultura mais tradicional deste país fascinante e cheio de contrastes. O Japão é um país que me interessa pela sua cultura milenar, mas também pela sua relação histórica muito antiga com o meu amado povo. De facto, fomos nós, os Portugueses, os primeiros ocidentais a ter contacto com o Japão e, após esse contacto inicial, os maiores visados pela política de isolamento e pelas perseguições anticristãs que as autoridades nipónicas impuseram: não obstante, os portugueses foram os introdutores da religião cristã, da viticultura e das armas de fogo no Japão, fundaram a cidade de Nagasáqui e deixaram um legado de mais de dez mil palavras no léxico nipónico, além de alguns pratos da culinária japonesa. Do Japão, os Portugueses trouxeram o gosto por certos tipos de mobiliário, como os biombos, e a paixão por chá, que depois disseminaram pela Europa. Estou agora mesmo a tomar a minha chávena, e se os britânicos gostam de chá podem agradecer a Portugal. O filme foi um sucesso retumbante no seu país de origem e, claro, um trabalho difícil de compreender para a mente dos ocidentais, e até os críticos profissionais se sentiram mais confortáveis em ignorar um pouco o enredo e concentrar-se no esmero técnico e artístico da animação apresentada. Acerca disso não falarei longamente, muito foi já dito por uma série de pessoas mais abalizadas do que eu. Vale a pena observar o filme, na riqueza dos detalhes e na beleza das suas cores, acompanhada por uma banda sonora orquestral muito atmosférica e verdadeiramente impactante, com algum pendor épico muito apropriado. Eu adoraria descobrir mais sobre a história deste filme, se é baseada nalguma lenda ou na tradição religiosa do Xintoísmo. Podemos ver, ao longo do filme, várias referências aos elementos tradicionais desta religião, como os espíritos da floresta (os japoneses colocam cordas abençoadas ao redor das árvores onde eles alegadamente vivem, e acredita-se que cortar essas árvores leva a maldições) e deuses da natureza em várias formas, que têm de bom e de ruim na mesma proporção, gerando o equilíbrio da vida. A equipa do Studio Ghibli, dirigida por Miyazaki, deveria estar ciente destes detalhes e muitos outros que eu, como ocidental leigo, não consegui perceber. Fazer a análise religiosa e espiritual deste conto é, talvez, muito mais aliciante do que simplesmente dizer que é uma fábula sobre a importância de conservar a Natureza. Para mim, é uma história acerca do equilíbrio entre Bem e Mal, que os humanos muitas vezes ferem ao deixar a balança desequilibrada. Não se trata de conservar a natureza, mas de conservar o equilíbrio de energias boas e más, o qual é inteligentemente revelado quando um Deus da Morte pode gerar Vida.

Em 29 Sep 2025

Autor: Filipe Manuel Neto

**O equilíbrio entre o Bem e o Mal, a Vida e a Morte, explicado numa fábula simples.** Quando falamos de cinema de animação é preciso compreender que não estamos a falar de desenhos animados. O facto de um filme ser uma animação não o deixa menos adulto, e este filme é um exemplo claro de uma animação que não é pensada para as crianças, é algo para os adultos apreciarem, e para os fazer pensar. Não sou um fã de “anime” japoneses, apesar de apreciar vários aspectos da cultura mais tradicional deste país fascinante e cheio de contrastes. O Japão é um país que me interessa pela sua cultura milenar, mas também pela sua relação histórica muito antiga com o meu amado povo. De facto, fomos nós, os Portugueses, os primeiros ocidentais a ter contacto com o Japão e, após esse contacto inicial, os maiores visados pela política de isolamento e pelas perseguições anticristãs que as autoridades nipónicas impuseram: não obstante, os portugueses foram os introdutores da religião cristã, da viticultura e das armas de fogo no Japão, fundaram a cidade de Nagasáqui e deixaram um legado de mais de dez mil palavras no léxico nipónico, além de alguns pratos da culinária japonesa. Do Japão, os Portugueses trouxeram o gosto por certos tipos de mobiliário, como os biombos, e a paixão por chá, que depois disseminaram pela Europa. Estou agora mesmo a tomar a minha chávena, e se os britânicos gostam de chá podem agradecer a Portugal. O filme foi um sucesso retumbante no seu país de origem e, claro, um trabalho difícil de compreender para a mente dos ocidentais, e até os críticos profissionais se sentiram mais confortáveis em ignorar um pouco o enredo e concentrar-se no esmero técnico e artístico da animação apresentada. Acerca disso não falarei longamente, muito foi já dito por uma série de pessoas mais abalizadas do que eu. Vale a pena observar o filme, na riqueza dos detalhes e na beleza das suas cores, acompanhada por uma banda sonora orquestral muito atmosférica e verdadeiramente impactante, com algum pendor épico muito apropriado. Eu adoraria descobrir mais sobre a história deste filme, se é baseada nalguma lenda ou na tradição religiosa do Xintoísmo. Podemos ver, ao longo do filme, várias referências aos elementos tradicionais desta religião, como os espíritos da floresta (os japoneses colocam cordas abençoadas ao redor das árvores onde eles alegadamente vivem, e acredita-se que cortar essas árvores leva a maldições) e deuses da natureza em várias formas, que têm de bom e de ruim na mesma proporção, gerando o equilíbrio da vida. A equipa do Studio Ghibli, dirigida por Miyazaki, deveria estar ciente destes detalhes e muitos outros que eu, como ocidental leigo, não consegui perceber. Fazer a análise religiosa e espiritual deste conto é, talvez, muito mais aliciante do que simplesmente dizer que é uma fábula sobre a importância de conservar a Natureza. Para mim, é uma história acerca do equilíbrio entre Bem e Mal, que os humanos muitas vezes ferem ao deixar a balança desequilibrada. Não se trata de conservar a natureza, mas de conservar o equilíbrio de energias boas e más, o qual é inteligentemente revelado quando um Deus da Morte pode gerar Vida.

Em 29 Sep 2025

Você vai querer ver

Sussurros do Coração

Shizuku é uma estudante que sonha em ser uma escritora e de...
Data de Lançamento
15/07/1995

Nausicaä do Vale do Vento

Após os Sete Dias de Fogo, uma guerra que destruiu a civili...
Data de Lançamento
11/03/1984

Cadastre-se
em nossa NEWSLETTER

Cadastre-se para receber as novidades, promoções, informações, etc.