Autor: Filipe Manuel Neto
**Se "E Tudo o Fumo Levou" foi péssimo, este filme conseguiu ser ainda pior.**
Não gostei de “E Tudo o Fumo Levou” e havia poucas hipóteses de eu gostar de alguma coisa no filme que veio a seguir. De facto, o primeiro parece ser ainda melhor do que este, o que vindo de mim quer dizer muito, considerando que eu achei o primeiro filme muito mau.
Nessa produção, que eu detestei, nós ainda tínhamos uma história relativamente capaz e que ajudava a entender as coisas, e que servia de enquadramento para uma tonelada de piadas e a constante glorificação do uso das drogas, especialmente a marijuana. Neste filme não há história para contar: temos as piadas, que são ainda mais idiotas, daquelas que não nos fazem rir, mas pensar “como é que isto foi possível”, e continuamos a ter, invariavelmente, as drogas, em quantidades que fariam os cartéis colombianos mais ricos do que a maioria dos países mundiais.
Eu não sei o que Cheech Marin e Tommy Chong viram para fazerem ciclos de filmes em que o uso de drogas recreativas é glorificado como se elas fossem dádivas vindas dos deuses olímpicos. Se pelo menos eles fossem capazes de fazer rir… mas nem isso. É um filme que devia ter o mesmo destino das próprias drogas: ser queimado.
Em 12 Sep 2023