Harakiri

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Lançamento: 15 Sep 1962 | Categoria: Filmes

Harakiri

Nome original: 切腹

Idiomas: ja

Classificação:

Genero: Ação, Drama, História

Site:

Poster: Ver poster

Produção: Shochiku

Sinopse

Em um tempo de paz os samurais não eram necessários e estavam vivendo em completa miséria sem alguma casa para servir. Alguns pediam para realizar o harakiri dentro das residências de nobres apenas para extorquí-los; com pena, os senhores davam algum dinheiro ao guerreiro e o mandavam embora. Um nobre recebe um jovem samurai com este propósito e decide obrigá-lo a tirar a própria vida.

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Reviews

Autor: Filipe Manuel Neto

**É um filme que pode afugentar um pouco o público moderno, mas que merece a oportunidade que lhe quisermos dar.** Além de ter uma indústria cinematográfica bastante forte, o Japão é um país com um passado riquíssimo que nós, no Ocidente, tendemos a desvalorizar. Uma atitude algo etnocêntrica, mais própria das mentes pequenas. Durante muito tempo, os japoneses foram um povo dividido por vários príncipes feudais que se guerreavam entre si, disputando poder e influência regional. Foi nesse contexto, aliás, que aconteceu o primeiro contacto entre os japoneses e os portugueses, os primeiros ocidentais a desembarcarem, comprovadamente (Marco Polo fala dos japoneses, mas provavelmente não chegou a ir lá), nas ilhas do Japão, para onde levaram a primeira arma de fogo, a fé cristã e uma forte influência cultural: ainda hoje, na língua japonesa, há centenas de palavras directamente importadas do Português. O filme que me trouxe aqui fala-nos de uma das mais fascinantes figuras tradicionais do Japão: o samurai, um guerreiro parecido, na essência, ao cavaleiro europeu. Eram gente de educação e que se dispunha a viver da guerra, como mercenários a soldo. Numa terra onde cada senhor feudal faz a guerra por si mesmo, com tropas suas e contra os seus vizinhos, não era difícil viver da guerra. Difícil seria viver em paz! Os samurais tinham um código de conduta, o Bushido, que lhes ditava regras segundo as quais norteavam a vida, procurando viver e morrer com honra. A honra era mais relevante que a vida e por isso, em certas situações, esperava-se que o samurai soubesse morrer e se dispusesse a isso, ainda que pelas próprias mãos, num ritual de suicídio. O filme começa quando um samurai, a quem uma longa paz deixou desempregado, se dirige a um senhor e pede para poder morrer. Em resposta, ouve uma história ocorrida tempos antes, e em que um samurai na mesma situação fez pedido idêntico na expectativa de receber dinheiro, e acabou por ter mesmo de se suicidar, e com uma arma de madeira. O filme revela depois um facto importante: este primeiro samurai é o sogro daquele que se matou, e que queria dinheiro para dar de comer a uma esposa e a um filho doente. E de facto aquele guerreiro não está ali a fim de morrer simplesmente, mas a fim de vingar o genro injustiçado pela hipocrisia humana. O filme é bastante denso, e o facto de ser tão diferente do cinema ocidental e, ainda para mais, a preto e branco, pode espantar bastante o público actual. Todavia, vale a pena resistir a esse impulso de rejeição e dar uma oportunidade ao filme. Está muito bem feito, tem uma história bastante boa, que nada fica atrás de grandes sucessos de Hollywood. O roteiro aproveita bem a situação para expor a brutalidade do rigor imposto aos samurai por meio de um código moral tão absurdamente exigente que acabava por ser desumano. Ao contrário do que acontece em alguns filmes, mesmo ocidentais, este filme faz uma boa contextualização histórica da história que nos conta, não sendo muito difícil entender o que está em causa. Não sou a melhor pessoa para falar do director ou dos actores, eu não os conheço, mas posso dizer que contamos com a participação de Tatsuya Nakadai, Yoshiro Aoki e Akira Ishihama. A nível técnico, creio que não é possível evitar reparar na qualidade dos cenários e locais de filmagem, bem como na nitidez e qualidade da cinematografia.

Em 22 May 2023

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