Anjos da Noite: Underworld

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Lançamento: 19 Sep 2003 | Categoria: Filmes

Anjos da Noite: Underworld

Nome original: Underworld

Idiomas: Inglês

Classificação:

Genero: Fantasia, Ação, Thriller

Site:

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Produção: Screen Gems, Lakeshore Entertainment

Sinopse

Na calada da noite, vampiros se envolvem em uma batalha antiga com seus inimigos, os Lycans, um grupo de lobisomens violentos. Selene, uma vampira que é órfã por conta de um ataque dos Lycan, trabalha para o clã dos vampiros como uma matadora treinada. Quando os Lycan se interessam misteriosamente por Michael Corvin, um doutor mortal excepcional, Selene luta para livrá-lo de Lucian, um cruel Lycan.

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Reviews

Autor: Filipe Manuel Neto

**Sexo, violência, desejo de sangue e brutalidade, num filme feito para adolescentes.** Filmes de vampiros existem às centenas. Acho que dificilmente existirá um monstro capaz de ser mais sedutor e mais apelativo ao cinema que o vampiro. Da mesma maneira, dificilmente existirá um rival mais indicado para os bebedores de sangue que o lobisomem. Este filme vai precisamente explorar esses temas e criar uma história alternativa para ambas as espécies de monstros que, aqui, têm uma origem comum e estão destinadas a odiar-se. A personagem principal é Selene, uma vampira guerreira que dedicou centenas de anos a uma guerra eterna com os lobisomens, chamados aqui de Lycans (se alguém souber a diferença de um lycan para um lobisomem, por favor, diga-me). Após uma missão de rotina, ela descobre que há em Nova Iorque um grande grupo de Lycans que pode ameaçar os vampiros. Ignorada pelo líder vampiro Kraven, ela decide provar que está certa e que o perigo é real, e acorda o poderoso Viktor, um vampiro ancestral. Mas as investigações de Selene vão provar-lhe que a ameaça é mais séria do que ela imaginava e que as lealdades, dentro e fora do clã vampiro, estão em jogo. Este filme é um blockbuster de acção carregado de cabedal, balas, sangue e testosterona, mais do que adequado para adolescentes cheios de hormonas saltitantes. Para mim, funcionou bem mas está longe de ser algo que pagaria para ver no cinema. Foi dirigido por Len Wiseman, que já conhecemos de *Die Hard 4*. É um director satisfatório para este tipo de filme e parece gostar de material sombrio. Acredito que ele se inspirou bastante em *Matrix*, se nós tivermos em conta as roupas de cabedal preto, o estilo hard-rock e, acima de tudo, a cena de abertura no metro, com centenas de balas disparadas sem ferir ninguém mas destruindo a gare de embarque, num momento de pura acção irrealista e absurda. Acreditar que os seres humanos mortais vivem totalmente alheios a imortais que se dão ao luxo de destruir locais públicos de maneira tão espalhafatosa é, no mínimo, impossível. A história torna-se cada vez mais complexa, com a revelação do passado dos dois clãs e a criação de um mito que nunca é verdadeiramente bem explicado, mas suporta o resto do filme. O elenco está cheio de nomes conhecidos e é liderado pela sensual Kate Beckinsale, num papel que a coloca sensivelmente entre uma Lara Kroft e uma dominatrix de filme porno. Ela é atraente mas não nos dá muito mais que o próprio corpo e uma voz quente. Scott Speedman é soa muito idiota e não parece saber bem como foi parar ali, além de que não existe qualquer química entre ele e Beckinsale para ambos serem um par romântico credível. Shane Brolly é bom mas não é extraordinário. Há imensos actores que só aparecem um pouco e acrescentam pouca coisa ao filme, como Wentworth Miller, Kevin Grevioux e Sophia Myles, sendo que esta última actriz parece ter sido incluída no elenco apenas para agradar ao público masculino que prefere uma loira ao invés de uma morena. Mas nem tudo é assim tão decadente e dominado pelo apelo sexual! Michael Sheen é excelente, sendo o actor mais marcante do filme e o que nos dá um trabalho mais sólido. Apesar de eu preferir vê-lo em filmes dramáticos como *Frost / Nixon* ou *A Rainha*, ele é bom neste tipo de personagem e viria mesmo, anos depois deste filme, a fazer algo parecido com este trabalho quando deu vida a Aro Volturi na saga *Crepúsculo*. Da mesma forma, devemos ver e aplaudir o bom trabalho de Bill Nighy, com a sua voz e dicção únicas. Ele deu à personagem dele um ar de elegante sadismo aristocrático. Tecnicamente, é um filme sombrio, carregado de acção, de balas, de cabedal, de sangue e muito sombrio. Sem uma única cena com sol ou alguma cor viva, é verdadeiramente um filme sombrio… eu já tinha dito isso? Gótico até à alma, tem uma cinematografia nebulosa e escura que, todavia, funciona bem. Não sendo um filme romântico, tem algumas cenas mais quentes que, no entanto, não mostram nada de mais. Até o traseiro de Beckinsale aparece sempre bem vestido dentro das suas calças justas. Todavia, o sexo está em toda a parte no mundo vampiro e aquela mansão de vampiros parece quase um bordel decadente. As cenas de violência estão também por toda a parte, mas soam tão falsas que até quando uma cabeça é cortada ao meio nós não sentimos rigorosamente nada acerca disso.

Em 11 Jul 2020

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