A História sem Fim

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Lançamento: 06 Apr 1984 | Categoria: Filmes

A História sem Fim

Nome original: Die unendliche Geschichte

Idiomas: Inglês

Classificação:

Genero: Aventura, Fantasia, Família, Drama

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Produção: Bernd Eichinger Productions, Bavaria Media, Constantin Film, Dieter Geissler Filmproduktion

Sinopse

Quando o jovem Bastian pegou emprestado um misterioso livro, ele jamais sonhou que ao virar uma página seria levado a um mundo de fantasia onde pudesse ver um caracol de corrida, um morcego planador, um dragão da sorte, elfos, uma Imperatriz Menina, o valente guerreiro Atreyu e uma pedra ambulante chamada Come-Pedra. Você apreciará esta adorável aventura e descobrirá que "A História Sem Fim" é a sua história!

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Reviews

Autor: Filipe Manuel Neto

**Um dos filmes que marcou a minha infância e que é verdadeiramente bom, apesar de datado.** Para mim, este é um filme que me transporta novamente à minha infância, nos anos Noventa. Era um filme que eu via sempre que passava na televisão e por isso, pela carga emocional de memórias, é difícil fazer uma avaliação isenta, mas farei o melhor que eu puder. Não sei se podemos considerar este filme um clássico do cinema alemão recente, mas é seguramente um filme que fez sucesso, ganhou estatuto cult e uma legião de admiradores. Com um estilo muito próprio, está longe das maravilhas visuais do CGI actual, mas era incrível na época e foi estupidamente caro de fazer (foi mesmo o filme mais caro de sempre a ser feito fora dos EUA e da União Soviética). O roteiro é baseado numa parte de um livro de fantasia de Michael Ende e relata a forma como uma criança, através da leitura de um livro, vai entrar no universo de Fantasia, um lugar que está ameaçado por uma força invisível chamada Nada. Não li o livro original, mas é público que o filme basicamente o atropelou de maneira que o próprio autor se recusou a ter o seu nome nos créditos iniciais e chegou a exigir que o nome do filme fosse alterado. Porém, apesar disso, a história é boa e tem tanto de ingénuo e delicioso quanto de criativo. Para uma criança ou um adolescente, é um filme agradável e engraçado. Para os adultos, depende do quão à vontade eles se sintam com este material. O elenco está cheio de actores que eram crianças na época e hoje já deixaram de trabalhar ou quase não o fazem. Barret Oliver deu vida a Bastian, o menino que lê o livro. Ele realmente fez um bom trabalho e é credível. Noah Hathaway interpretou muito bem Atreyu, o protagonista do livro e principal agente na história que Bastian vai ler. Igualmente boa foi a participação de Tami Stronach, jovem actriz e dançarina iraniana que deu vida ao papel da Imperatriz, a doce, porém sábia governante de Fantasia. O filme conta ainda com uma curta e honrosa aparição de Thomas Hill, no papel de um vendedor de livros. Tecnicamente é um filme grandioso, ainda que limitado pelos recursos e tecnologias da altura. Para o nosso olhar, acostumado à beleza e realismo do CGI, a cinematografia e os efeitos vão parecer muito datados e há uma série de cenas e criaturas fantásticas que hoje até parecem ingénuas demais e desprovidas de realismo. É o caso da criatura Nighthob, e de algumas cenas que mostram a destruição provocada pelo Nada e que parecem apenas um vendaval ou uma tempestade muito violenta. Quando o Nada destrói a Torre de Marfim é bastante claro que é apenas um cenário de esferovite e cartão pintado. Algumas cenas também não foram feitas e editadas da melhor forma, principalmente na metade final do filme: a cena onde Bastian dá o nome novo à Imperatriz é pouco convincente e o duelo final de Atreyu e Gmork é apressado e anti climáctico. Mas apesar das falhas que realmente existem, é um filme bastante bom até a nível técnico, na medida em que soube usar bem o que existia disponível: as nuvens que vão anunciando a presença do Nada, por exemplo, foram muito bem feitas e algumas criaturas, como o Comedor de Pedras ou Falcor, que parece um cão gigante adorável, são icónicas. Todo o departamento de maquilhagem e figurinos merece um aplauso pelo trabalho bem feito, e a construção dos cenários também foi geralmente feliz. Mas o que muitos não esquecerão é a excelente banda sonora, de cunho épico, incluindo sintetizadores e flautas de pan, que foi composta por Klaus Doldinger, e que para mim chega a ser melhor e mais cinematográfica do que a canção composta para o filme por Limahl.

Em 29 Nov 2020

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