Autor: Filipe Manuel Neto
**A febre do ouro negro.**
Dirigido por Michael Apted e produzido por Bárbara Broccoli e Michael G. Wilson, é o décimo nono filme da franquia. Neste filme, James Bond é destacado para dar cobertura a Elektra, a sedutora filha de um magnata do petróleo morto devido à construção de um gasoduto no Mar Cáspio. Apesar das ordens, Bond descobre que ela mantém segredos obscuros e não é tão angelical quanto parece. Além do elenco central, Sophie Marceau entra para o papel da vilã Electra King, Denise Richards deu vida a Christmas Jones, Robbie Coltrane é Valentin Zukovsky e Robert Carlyle, fez de Renard. É ainda neste filme que assistimos à despedida de Desmond Llewelyn, que irá aos poucos passar o testemunho (isto é, a sua personagem, Q, o armeiro do MI6) ao seu sucessor, John Cleese, que vai aparecer neste filme no papel de R, o seu assistente.
Não é a primeira vez que James Bond resolve problemas relacionados ao petróleo ou à energia. Já vimos algo semelhante em "O Homem da Pistola Dourada". No entanto, é este filme que se concentra directamente nas questões relacionadas à indústria do petróleo e ao controlo da produção, por países ou por empresas. Sophie Marceau merece parabéns pela excelente interpretação que fez neste filme, dando vida a uma personagem profundamente complexa. De facto, os filmes da "era Brosnan", apesar das falhas, deram-nos alguns dos vilões mais memoráveis. Quanto ao próprio Brosnan, continuou a fazer o seu papel de forma pouco surpreendente, como um pão sem sal. Além disso, vi neste filme alguns erros, paradoxos, falhas de continuidade e publicidade flagrante dos patrocinadores. São coisas que não deviam acontecer. As máquinas também merecem destaque, em particular o helicóptero com serras que, na sequência mais marcante do filme, persegue Bond cortando um BMW e um armazém de caviar como manteiga. O tema de abertura é o mais longo da franquia mas é bom.
Em 19 Feb 2018