Deixe-me Entrar

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Lançamento: 01 Oct 2010 | Categoria: Filmes

Deixe-me Entrar

Nome original: Let Me In

Idiomas: Inglês

Classificação:

Genero: Drama, Terror, Mistério

Site:

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Produção: Hammer Film Productions, EFTI, Overture Films, Exclusive Media

Sinopse

Owen é um garoto solitário, que vive com a mãe e é sempre provocado pelos valentões da escola. Um dia ele conhece, perto de sua casa, Abby. Sempre nas sombras, ela aos poucos de aproxima de Owen e logo se tornam amigos. Só que Abby possui um segredo: ela é muito mais velha que sua aparência indica e necessita de sangue para sobreviver. Para consegui-lo, seu acompanhante realiza assassinatos na surdina, de forma a retirar o sangue das vítimas e levá-lo para Abby.

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Reviews

Autor: Filipe Manuel Neto

**Muito agradável e envolvente.** Até muito recentemente, eu desconhecia quase tudo sobre o cinema sueco, mas já vi que é um manancial de bons filmes e vou estar mais atento, doravante. Este filme não é sueco, é norte-americano, mas resulta de um remake a um filme sueco. Pessoalmente, pensei que ia ser apenas mais um filme de terror fraco e esquecível. Fui surpreendido por um drama cheio de atmosfera, mistério e capaz de me envolver. Não podia pedir algo melhor! A história tem o seu encanto: é impossível não simpatizar com o protagonista, um jovem pré-adolescente, muito tímido e que é atormentado na escola por outros colegas mais velhos. É um menino genuinamente bom que, de repente, passa a ter por vizinha uma outra menina, da sua idade, com quem imediatamente simpatiza apesar da relutância dela em aproximar-se e permitir a amizade. A relutância reside no facto de ser uma vampira, que mata para comer e sabe que é um segredo fadado a arruinar com qualquer tentativa de ter amigos. Apesar de a sua natureza predatória a obrigar a atacar e matar, a menina não é má e conseguimos gostar dela também, e a forma como criamos empatia com as duas personagens é a base sólida para o filme funcionar. O elenco é virtualmente obscurecido por duas grandiosas interpretações, que nos chegam pelas jovens mãos dos dois protagonistas, Kodi Smit-McPhee e Chloe Grace Moretz. Os dois jovens actores mostraram ter talento, garra e determinação, e o trabalho que fazem neste filme é digno de ombrear com o de muitos actores mais experientes. Eles encarnaram tão bem as suas personagens e criaram uma química de trabalho tão positiva um com o outro que nos esquecemos de que é um filme. Além deles, o filme conta com interpretações muito boas de Richard Jenkins e de Elias Koteas. Não é o tipo de filme que sobressai pelos valores de produção. É um filme que se concentra na história contada e no desempenho do núcleo duro do elenco. Tudo o resto serve apenas para abrilhantar e salientar, nunca para substituir. A cinematografia é excelente e aproveita muito bem as sombras, o frio e a luz para expressar a solidão, vazio e fragilidade das personagens, criando um ambiente de mistério e alguma tensão latente que foi muito agradável. O uso de CGI e efeitos especiais e de som foi muito pontual, verdadeiramente criterioso, mas eficaz, e os cenários, bem como os figurinos, acentuam o realismo do que estamos a ver. Com duas horas, é um filme que mantém um ritmo muito agradável e quase não sentimos passar o tempo. Por fim, uma palavra para a boa banda sonora, que cumpre bem o seu papel.

Em 30 Oct 2020

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