Caça-Fantasmas

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Lançamento: 14 Jul 2016 | Categoria: Filmes

Caça-Fantasmas

Nome original: Ghostbusters

Idiomas: Inglês

Classificação:

Genero: Ação, Fantasia, Comédia

Site: http://www.ghostbusters.com/

Poster: Ver poster

Produção: Ghost Corps, Columbia Pictures, Village Roadshow Pictures, LStar Capital, Feigco Entertainment, Pascal Pictures, The Montecito Picture Company

Sinopse

Atualmente uma respeitada professora da Universidade de Columbia, Erin Gilbert escreveu anos atrás um livro sobre a existência de fantasmas em parceria com a colega Abby Yates. A obra, que nunca foi levada a sério, é descoberta por seus pares acadêmicos e Erin perde o emprego. Quando Patty Tolan, funcionária do metrô de Nova York, presencia estranhos eventos no subterrâneo, Erin, Abby e Jillian Holtzmann se unem e partem para a ação pela salvação da cidade e do mundo.

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Caça-Fantasmas | Trailer dublado

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Reviews

Autor: Filipe Manuel Neto

**Entretém, por vezes faz rir, mas tem os visuais de um videojogo e um sentimento de culpa e de expiação de género que não devia estar aqui. A busca pelo politicamente correcto sufoca o filme.** Lançado com quase vinte anos de atraso, este é o terceiro filme da franquia *Caça-Fantasmas*. De facto, só compreendi o motivo do atraso após alguma leitura: um contracto especificava que um novo filme seria lançado se o director e os quatro protagonistas originais concordassem, e esse acordo nunca foi possível até agora. Por um lado, fico feliz que isso tenha sido ultrapassado, mas por outro confesso que esperava algo mais: este filme é muito bom, entretém bem o público e é um espectáculo visual, mas tem muitas falhas, sendo que, para mim, a mais impressionante e imperdoável é ignorar filmes originais. Isto é, eu teria preferido ver uma continuação, que desse seguimento à história e tivesse em conta os anos que passaram e os filmes originais, do que um “reboot” puro e simples que ignora tudo o que está para trás. O roteiro começa com o encontro de duas antigas amigas, ambas cientistas, que no passado se deixaram fascinar pelo mundo do sobrenatural. Uma delas continua ligada a isso e é chefe de um gabinete de pesquisa universitário, mas a outra quer esquecer, e ser considerada como uma académica séria no meio científico. Porém, a forma como as cientistas rapidamente ultrapassam as suas diferenças e voltam a emparelhar esforços é inverosímil, e a continuação do filme não vai melhorar isso: temos muitas ideias e situações forçadas, inacreditáveis, ilógicas, personagens mal concebidas, uma constante e irritante obsessão com questões de género e politicamente correcto, que vão mantendo a qualidade do enredo abaixo o que nós podemos e devemos exigir. Em virtude disto, e doutras questões que irei abordar, sou obrigado a taxar a performance do director Paul Feig como amadora. Ele parece ter simplesmente deixado as coisas caminharem por si mesmas, intervindo o mínimo possível e exigindo apenas o básico de tudo e todos. O elenco tem vários nomes fortes, começando pelo quarteto formado por Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Kate McKinnon e Leslie Jones. Eu realmente não posso dizer mal do trabalho delas. Penso que fizeram o melhor que puderam com o material recebido, muito embora os diálogos sejam falsos, as piadas sejam idiotas e as personagens sejam tão densas quanto uma placa de cartolina. Jones é quem se desembaraça melhor aqui, em contraponto com uma adormecida e letárgica McCarthy e uma McKinnon exagerada e histriónica. Ao contrário do que alguns terão pensado, eu não acredito que o facto de elas serem mulheres (nos filmes anteriores, os Caça-Fantasmas eram homens) seja um bónus especial. Para mim, é algo irrelevante, dado que me importo mais com a concepção das personagens e o bom trabalho dos actores do que com questões de género, as quais só servem para polarizar e usar o cinema para fins políticos, tirando o foco da arte e do entretenimento de qualidade. Em vez de usar o cinema para fazer política, empoderando mulheres e feminilizando homens, os filmes deveriam procurar melhorar as suas histórias, dar credibilidade e profundidade às personagens, apostar na qualidade. Caso contrário, a sensação que perpassa é que o cinema procura fazer um trabalho de expiação e penitência. Talvez por isso detestei a personagem de Chris Hemsworth: além de não conseguir ser um bom vilão, é amorfo na maior parte do filme e tem a inteligência de um periquito. Neil Casey nem merece ser mencionado: o trabalho dele é esquecível. Gostei da aparição fugaz dos protagonistas dos filmes originais, mas lamento que não tenham podido reviver as personagens originais também. Teria sido algo mais honroso e meritório. Tecnicamente, o filme aposta tudo nos efeitos visuais e num CGI ambicioso, caro, vistoso e cheio de cor. Isto é algo realmente impressionante, e na tela grande tem um impacto assinalável, mas em última análise torna-se fastidioso, excessivo e transforma o filme numa espécie de videojogo caro e barulhento, uma desculpa para toneladas de efeitos caros. O filme falha nas cenas de acção, absorvidas pelos efeitos e carentes de impacto. A cinematografia é boa e impressiona, mas a edição foi mal feita e penso que houve cortes excessivos ou mal colocados. A banda sonora tenta honrar a original, actualizando-a, mas acabou por tornar desinteressante e monótona uma das canções-tema mais interessantes do cinema dos anos Noventa.

Em 23 Oct 2021

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