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Produção: 20th Century Fox
Um escravo de força extraordinária é encarregado de proteger o manto que Cristo usou na cruz. Depois de ser capturado por Calígula, sua fé é testada quando ele é forçado a competições mortais na arena.
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**Quando a sequela é melhor do que o filme inicial.** Este filme é a sequela de "A Túnica" e foi filmado logo após o fim desse filme e com o mesmo elenco, equipa, cenários e figurinos. No entanto, apresenta um roteiro melhor. Ainda é necessário fazer um esforço para acreditar em toda a história. Um dos momentos mais inacreditáveis é quando Calígula ordena que a túnica de Jesus seja confiscada, acreditando que ela podia dar-lhe algum poder mágico, sendo que ele se via a si mesmo como um deus. Mas os momentos absurdos são pontuais e a credibilidade do filme é melhor do que a de "A Túnica". A ausência de Richard Burton, que não gostei de ver no primeiro filme devido à sua actuação infeliz, foi mais uma melhoria, permitindo que Demétrio saísse da sombra e fosse o centro das atenções. O seu percurso ao longo do filme vai ser um teste de fé. A personagem foi interpretada por Victor Mature, que nos brinda com um óptimo trabalho. Michael Rennie teve pouco tempo para mostrar talento mas nunca me pareceu muito bem nas sandálias de Pedro enquanto, por outro lado, Susan Hayward foi perfeita no papel da maquiavélica e traiçoeira Messalina. Jay Robinson manteve o papel de Calígula, actuando com qualidade e desenvoltura mas sem surpresas. Debra Paget desempenhou um papel menor, como um interesse amoroso de Demétrio, mas o que ela fez foi bem feito. Muito mais interessante foi William Marshall, que deu vida a um gladiador africano que se converte ao cristianismo pelo exemplo do companheiro de arena. Como se disse mais acima, todos os cenários e figurinos resultam da reciclagem do material usado em "A Túnica", pelo que não há surpresas ou melhorias. O material usado, no entanto, é consideravelmente melhor e mais convincente e historicamente preciso do que o que podemos ver nalguns filmes bíblicos mais famosos e bem-sucedidos deste período do cinema. Longe de ser uma reabilitação de "A Túnica", o filme parece ter aprendido com os erros do primeiro filme, sendo melhor e mais agradável em quase todos os aspectos. No entanto, a perfeição ainda está longe de ser alcançada.
Em 09 Dec 2018
