Autor: Filipe Manuel Neto
**Para fãs de John Carpenter.**
Lugares escuros e assustadores com fantasmas, terapias questionáveis e algum desrespeito pela humanidade dos doentes... geralmente é assim que imaginamos um asilo de loucos. Esta receita, que fez com que a larga maioria dos antigos sanatórios, asilos, hospícios e manicómios viesse a granjear uma dúbia reputação de ser assombrada, é a base deste filme, que conta a história de uma doente mental que está a ser aterrorizada por um fantasma.
Situado nos Anos Sessenta (parece que John Carpenter tem particular gosto por este período, onde a sua carreira começou), o filme rapidamente cria tensão e suspense, o que é francamente positivo. Isso é conseguido juntando essas ideias a uma trama cheia de perguntas sem resposta. Algumas cenas, no começo do filme, só são plenamente entendidas no final, como se fossem pistas para o público encontrar a sua própria resposta. Algumas das cenas mais intensas, inadequadas para pessoas mais sensíveis, recorrem a técnicas médicas assustadoras que eram de uso padrão na época, como a trepanação e a lobotomia.
Amber Heard é a protagonista e fez bem a sua personagem, sem surpresas; Mamie Gummer e Danielle Panabaker deram vida às suas companheiras loucas que mais gostei, pois são o oposto uma da outra, interagindo muito bem com o Heard. Jared Harris foi convincente no papel de médico.
Este filme está longe de satisfazer completamente os fãs de Carpenter, mas foi o suficiente para satisfazer um pouco a sua fome, estou certo.
Em 06 Jul 2018