Autor: Filipe Manuel Neto
**É um excelente filme cómico, mas bastante inferior a “O Cálice Sagrado”.**
É consensual o impacto que os Monty Python tiveram no humor, e na forma como se vê e se faz comédia. Depois de uma série televisiva bombástica e de um primeiro filme de grande sucesso, eles resolveram fazer este filme que, no fundo, é uma sátira aos grandes épicos bíblicos do passado. Neste filme, acompanhamos Brian, um homem que nasceu a curta distância de Jesus e é constantemente confundido com ele.
Não sou conservador a ponto de não apreciar uma piada de cunho religioso se ela é boa, e há muita coisa boa neste filme, a começar pelas incríveis interpretações dos Python’s, em particular Graham Chapman e Terry Jones. O humor é aquele a que eles habituaram o público e o filme não desilude os fãs do grupo. Mesmo assim, eu não pude deixar de ter a sensação de que este filme era bastante inferior a “O Cálice Sagrado”.
A nível técnico, eu creio que vale a pena destacar os figurinos e os cenários, que estão ao melhor nível e ambientam muito bem a história no tempo e no espaço. E a cena final, onde os crucificados cantam uma melodia bem conhecida e muito positivista, não pode ser mais surrealista do que é.
Em 06 Oct 2023