A Marca da Pantera

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Lançamento: 02 Apr 1982 | Categoria: Filmes

A Marca da Pantera

Nome original: Cat People

Idiomas: Inglês

Classificação:

Genero: Thriller, Terror

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Poster: Ver poster

Produção: Universal Pictures, RKO Pictures LLC, Charles Fries Productions

Sinopse

Após vários anos Irena Gallier, uma sensual e jovem mulher, encontra Paul, seu irmão, e descobre horrorizada que pertencem a uma tribo que, na hora do sexo, se transforma em panteras assassinas. Como está apaixonada, mas ainda é virgem, teme em se transformar quando estiver ao lado do diretor do zoológico Oliver Yates, o homem que ama. Paralelamente é assediada pelo irmão, que diz que a única relação sexual possível que diz que ela pode ter um relacionamento incestuoso com ele, assim como aconteceu os pais deles, que também eram irmãos e carregavam a mesma maldição.

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Reviews

Autor: Filipe Manuel Neto

**Não é tão mau assim.** Este filme é um remake levemente erótico de um filme de 1942, mais do que esquecido hoje em dia. E este filme, ao que tudo indica, segue pelo mesmo caminho. A história gira em torno de uma jovem que vai visitar o irmão, de quem foi separada ainda em criança por causa da morte dos pais. Ela acaba por descobrir que ambos descendem de um povo há muito extinto onde o incesto é necessário, pelo facto de se transformarem em panteras assassinas quando tentam ter relações sexuais com pessoas normais, sendo forçados a matar para voltarem à forma humana. O filme joga com duas realidades que nos chocam quase na mesma proporção: o incesto e o homicídio. A história é bastante fraca, nunca soa autêntica mas, se nós a aceitarmos, o filme flui. Está cheio de erotismo mas se conseguirmos suportar alguns nus de mulher razoavelmente explícitos não teremos problemas porque nunca mostra cenas mais pesadas que isso. Há algumas cenas mais duras ou violentas, mas nunca mostra nada verdadeiramente grotesco ou assustador... pelo menos para mim. O que mais gostei em todo o filme foi a excelente performance de Nastassja Kinski. Não gostei dela pela beleza física (até a achei muito comum, para ser franco) mas sim pela maneira como ela foi capaz de mostrar as dúvidas e questionamentos internos da sua personagem, a forma como ela confronta medos, tabus e traumas para descobrir quem realmente é. A questão do incesto perturba e deixa mesmo a trama romântica em terceiro plano, mas o filme funciona melhor como drama psicológico e isso acontece graças a Kinski. Malcolm McDowell fez um trabalho decente, mas nunca passa da mediania e não faz sombra a ninguém. John Heard é totalmente cliché e aborrecido. Tecnicamente, é um filme muito datado, com uma fotografia e cores muito desmaiadas, mas isso era o padrão na época. Tudo o resto está como devia estar, com cenários e figurinos de acordo com a época e efeitos especiais e sonoros funcionais, mas que parecem totalmente arcaicos aos nossos olhos, dado que estamos habituados a algo muito mais elaborado hoje em dia. A banda sonora, com um tema interessante de David Bowie, fica realmente bem no filme. Não sendo um filme maravilhoso, porque não o é, parece-me um daqueles filmes difíceis de enquadrar. Não sendo de terror nem nos provocando sustos, tem vários elementos de terror; não sendo erótico, tem imensa pele exposta; não sendo romântico, assenta sobre um drama romântico. De qualquer forma, não tão mau quanto eu esperava.

Em 26 Apr 2020

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