Autor: Filipe Manuel Neto
**Consagração**
Não foi com o primeiro em muito menos com o segundo... foi com o terceiro filme que a franquia 007 se firmou e consagrou perante o público. Para nós, que não estávamos lá quando estreou, é difícil imaginar o que as pessoas terão pensado. Mas o facto é que "Contra Goldfinger" é, actualmente, um dos filmes mais populares e aclamados da franquia.
O roteiro é simples: Bond investiga as movimentações de Auric Goldfinger (que significa, literalmente, Dedo de Ouro). É um homem suspeito e o filme mostra-nos logo que ele é um vilão quando vemos aquela mulher morta e coberta de tinta dourada. Só lhe faltou assinar o próprio nome! De resto, é uma das mortes mais famosas e copiadas da franquia (veremos variantes deste assassinato noutros filmes futuros). Golfinger é muito bem interpretado por Gert Fröbe, que nem sequer sabia falar inglês e teve de ser dobrado. Apesar do percalço linguistico, é um dos vilões mais aclamados da franquia e é verdadeiramente cruel. Ao lado dele, o fiel Oddjob, um coreano que serve de faz-tudo (mas principalmente de motorista), tem um chapéu que funciona como arma e só sabe dizer "Ah". A personagem foi interpretada pelo havaiano Harold Sakata, um atleta de levantamento de pesos a quem, provavelmente, nunca tinha passado pela cabeça fazer um filme! Foi um golpe de sorte que lhe deu fama e reconhecimento, na medida em que foi excelente vê-lo no filme. É também um dos poucos filmes que tem três "Bond-girls": as irmãs Jill e Tilly Masterson e Pussy Galore (Honra Blackman). No filme também aparece, pela primeira vez, o Aston Martin como carro de Bond, cheio de gadgets que deliciam a plateia.
Em 16 Feb 2018