Autor: Filipe Manuel Neto
**Mais frágil e desgastado que os dois antecessores.**
Este filme foi feito no seguimento do sucesso dos dois primeiros filmes, e funciona como uma prequela a ambos. Todavia, senti que era bastante mais fraco, na medida em que a receita que fez o sucesso dos dois primeiros filmes está já desgastada.
O roteiro pega novamente na história das irmãs Katie e Kristi, mas recua à infância de ambas e à casa dos pais delas para nos dar a entender a origem do problema que ambas tiveram com entidades maléficas. As actrizes infantis são boas o suficiente para o que lhes é pedido. Katie Featherston é tão boa quanto nos dois primeiros filmes mas entra apenas na parte inicial. Lauren Bittner nunca é tão boa ou convincente quanto ela foi nos primeiros filmes e Christopher Nicholas Smith nunca mostra talento porque interpreta um idiota, que age de modo aparentemente aleatório. Curiosamente, tanto ele quanto os futuros esposos das filhas (nos filmes anteriores a este) partilham pelo mesmo estranho fetiche por câmaras de filmar caseiras.
Tal como sucedeu no primeiro filme, não há créditos iniciais e os créditos finais foram reduzidos ao obrigatório por lei para exibição comercial. Também não há banda sonora e a maioria das filmagens foram feitas com uma câmara de mão ou câmaras amadoras em tripés. A aposta em tornar o filme aparentemente genuíno mantém-se e funciona. Porém, há pouca coisa nova ou diferente neste filme, além de explicar os dois primeiros. Os efeitos especiais são muito mais imaginativos e perdem alguma credibilidade, criando situações de falta de lógica. O filme é muito vagaroso e há imensos momentos mortos que me pareceram desnecessários. A primeira metade do filme, particularmente, é lenta, cansativa e tem pouca coisa para nos dar que seja interessante. O final é um pouco imaginativo.
Depois de dois bons filmes, o terceiro filme desta franquia acabou por se revelar bastante mais fraco, em parte por apostar em nos dar mais do mesmo e por abandonar o improviso em detrimento de cenas e sustos mais elaborados e, por isso, muito menos credíveis. É uma pena.
Em 11 Feb 2020