Autor: Filipe Manuel Neto
**Um dos pináculos do humor britânico.**
Este foi o meu primeiro contacto com Monty Python, que já conhecia de fama, e adorei o filme. É pura e simplesmente um dos momentos altos do humor britânico. O filme é bastante fácil de entender, parodiando as lendas arturianas em torno da busca pelo Graal, mas a história é só um pretexto para piadas sucessivas, cada uma melhor que a outra.
Não conheço muito bem o grupo de comediantes, mas conheço aqui vários grandes actores da comédia britânica, começando por John Clease, Terry Jones, Graham Chapman, Terry Gilliam, Michael Palin e Eric Idle. Eles são muito bons isoladamente, mas impagáveis juntos.
O filme conta com vários momentos dignos de menção, começando talvez pelo julgamento da bruxa, e depois passando pela luta com o cavaleiro negro ou os cavaleiros que dizem Ni. Não é um filme muito longo, mas vale realmente a pena ver cada situação cómica. Os diálogos estão cheios de momentos hilariantes. O final, todavia, é um pouco menos forte do que o esperado, o que não tira ao filme nenhum do seu mérito.
Tecnicamente, não é um filme notável. Não há aqui qualquer espécie de preocupação com o rigor histórico ou a recriação rigorosa da Idade Média, nem o filme pede isso. Temos figurinos e adereços de teatro, obviamente falsos, mas funcionais, e cenários interessantes, em castelos e nalguns lugares razoavelmente bem escolhidos. Há alguns efeitos especiais e visuais, mas não são notáveis. Seja como for, é uma comédia que continua fresca, apesar das décadas que já se passaram desde a sua estreia.
Em 10 Feb 2023