A Balada do Pistoleiro

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Lançamento: 25 Aug 1995 | Categoria: Filmes

A Balada do Pistoleiro

Nome original: Desperado

Idiomas: Inglês

Classificação:

Genero: Thriller, Ação, Crime

Site:

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Produção: Los Hooligans Productions, Columbia Pictures

Sinopse

El Mariachi (Antonio Banderas) é um ex-músico que chega a uma cidade carregando várias armas dentro da caixa de um violão. Ele está atrás de Bucho (Joaquim de Almeida), que matou sua namorada e ainda atirou em sua mão. Desejando vingança, ele conta com a ajuda de Carolina (Salma Hayek), uma bela mulher que é dona da livraria local.

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A Balada Do Pistoleiro (LEG) - Trailer

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Reviews

Autor: Filipe Manuel Neto

**Acção, tiros, balas e… “latinxploitation”?** Confesso que esperava mais qualquer coisa deste filme. Fiquei com a sensação de que tem pouco a oferecer-nos além de duas toneladas de cenas de acção espectaculares, com explosões, centenas de tiros e alguma destruição gratuita. Mais ainda: fez-me recordar daqueles filmes dos anos 70, a que chamamos “blaxploitation” por terem reforçado uma série de estereótipos sobre a comunidade afro-americana: se estivermos atentos, temos quase todos os estereótipos que imputam aos latinos e aos mexicano-americanos. Em geral, não sou um adepto do politicamente correcto e estou-me nas tintas para os estereótipos! Lido bem com isso, sendo eu um orgulhoso português que nasceu e vive num país latino, mas sou solidário com aqueles que, principalmente nos EUA, sofrem com os preconceitos sobre a comunidade latina, uma vasta comunidade que engloba os falantes de Castelhano e Português esquecendo, curiosamente, que os italo-americanos também são culturalmente latinos. Robert Rodríguez é latino e faz filmes que espelham isso. Acho que ele deve ser um homem orgulhoso das suas raízes e acho isso magnífico. Devemos ter esse orgulho. Por isso, penso que ele fez este filme dentro desse espírito, mas as minhas dúvidas residem nisto: um filme com tanta violência, com tanta relação com as drogas e a criminalidade, foi bom ou mau para os latinos? António Banderas é um dos maiores actores espanhóis de sempre e transitou facilmente para Hollywood, onde a sua carreira tomou proporções estratosféricas. Aqui, ele fez um trabalho interessante, que mistura um pouco de amante latino com gângster e zorro. Ele tem o perfil adequado e foi uma boa escolha. Também gostei muito de ver o Joaquim de Almeida, meu compatriota, naquele que foi o melhor filme norte-americano que ele fez até ao presente momento (e penso que as produções podiam mesmo apostar mais neste actor, penso que ele tem talento e capacidade). Steve Buscemi dá um toque simpático ao filme, e Danny Trejo e Tarantino fazem breves e inócuas aparições. Salma Hayek, outra boa actriz, infelizmente tem apenas de ser ‘sexy’ e quente na cama. Isso é pouco. Eu não sei qual foi o orçamento da produção, mas não me parece um filme barato, pois a quantidade de nomes fortes da indústria neste projecto é considerável e ninguém, hoje em dia, trabalha de graça. Também temos um departamento de efeitos especiais bom, de grande capacidade e criatividade: os cenários são muito realistas e as cenas de acção do filme são muito bem pensadas e realizadas. Como filme de acção, funciona de maneira impecável e é uma delícia para os apreciadores. O roteiro, infelizmente, é muito menos interessante, com demasiados estereótipos, fraquezas, clichés e diálogos insípidos.

Em 04 Sep 2023

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