Autor: Filipe Manuel Neto
**Poucas novidades num filme que repete uma fórmula desgastada.**
Este filme é o quarto da franquia "Actividade Paranormal", que gira em torno das perturbações demoníacas de uma família. Neste filme, uma outra família, sem relação com os protagonistas dos primeiros filmes, abriga Hunter sem saber quem ele é. A partir daí, coisas estranhas e perigosas acontecem a cada um.
Trata-se, no mínimo, de um filme preguiçoso. Eu só me senti desconfortável nalguns momentos pontuais, não sabendo como criar um clima de tensão real. O filme é muito lento e a maior parte do tempo pouco ou nada acontece. Os sustos são repetitivos e já muito previsíveis, talvez fruto dos filmes anteriores. Não há quase nada de novo para dar a quem já os viu. Alguns sustos, graças ao exagero nos efeitos especiais, surpreendem, mas não chegam verdadeiramente a provocar medo.
O que salva, um pouco, o filme, são as performances do elenco, que cumprem com o mínimo exigido, e fazem o que podem diante do mau material e da direcção pouco competente de Henry Joost e Ariel Schulman. Katie Featherston tem pouco a fazer e só surge de vez em quando; Matt Shively e Brady Allen foram competentes; Aiden Lovekamp, Stephen Dunham and Alexondra Lee foram bons, mas foi a jovem Kathryn Newton quem roubou as atenções. Ela é bonita e tem talento, conseguindo levar o filme até ao fim.
Em resumo, este filme é bastante mais fraco que os precedentes mas acho que não é tão mau quanto o predecessor imediato. De qualquer modo, para quem viu os filmes anteriores, traz poucas novidades e é, basicamente, mais do mesmo.
Em 13 Feb 2020