Autor: Filipe Manuel Neto
**Uma boa história de amor.**
Desde sempre, as famílias ricas procuraram proteger os filhos de casamentos que podiam comprometer o estatuto e prestígio social. Baby Houseman é uma menina protegida pelos pais, mas as coisas correm mal quando a família descobre que ela está apaixonada por um instrutor de dança, de origens humildes e vida duvidosa. Dirigido por Emile Ardolino e com roteiro de Eleanor Bergstein, tem Patrick Swayze e Jennifer Gray nos papéis principais.
Este é provavelmente um dos filmes românticos mais famosos da década de Oitenta. Jennifer Gray enfrentou o desafio e fez uma boa interpretação mas, apesar do talento e empenho, foi ofuscada por um grande Patrick Swayze. Este filme pode ser considerado o melhor da carreira do actor, que era dançarino anteriormente. É inegável que o seu gosto pela dança e o seu talento para os papéis de galã foram essenciais para o desempenho dele, contribuindo para o tornar um verdadeiro "símbolo sexual" da época.
O roteiro em si não traz nada de novo: a miúda rica gosta do miúdo pobre, pessoas ciumentas tentam separá-los, a família dela não aceita etc. Nós já vimos isto umas quantas vezes no cinema, teatro ou literatura. No entanto, é uma história que funciona bem e é enriquecida por alguns detalhes interessantes que ajudam a engrossar a trama, como a situação em torno de um aborto ilegal que uma dos personagens tem que fazer. Além da interpretação de Swayze, o ponto mais positivo do filme é a coreografia e uma banda sonora memorável, marcada pelas músicas "She's Like the Wind" e "I've Had The Time Of My Life". A última pode ser considerada das canções de amor mais famosas da década e ganhou o Óscar e o Globo de Ouro para Melhor Canção Original.
Apesar do tempo que passou desde que foi lançado, e do falecimento do próprio Swayze, esse filme continua a significar muito para muita gente, sendo um marco do cinema romântico. O amor supera barreiras, e uma boa história de amor é sempre intemporal.
Em 20 Feb 2018
