Autor: Filipe Manuel Neto
**Apesar da relevância deste filme para a carreira de Schwarzenegger, é um trabalho fraco e com poucas qualidades.**
Este é um daqueles filmes que me deixa sem saber o que pensar. Por um lado, tornou-se muito popular e tem uma legião de apreciadores, mas a verdade é que parece um filme extremamente datado e uma cedência extraordinária ao ‘kitsch’, com aqueles figurinos e adereços de gosto algo duvidoso, fantasistas e inspirados na banda-desenhada original, que Robert E. Howard criou.
O roteiro, escrito com base nas histórias originais, decorre numa época incerta da Antiguidade e começa com o massacre de uma vila ou aldeia por um grupo de guerreiros. Uma criança, Conan, é levada como escrava e cresce como tal, adquirindo uma enorme resistência e força à custa do trabalho árduo. Torna-se, assim, um lutador de prémios e aprende a matar. Quando se vê livre, encontra o caminho que o leva a uma busca por vingança contra os que massacraram a sua família e lhe tiraram a liberdade. Pessoalmente, não consigo engolir a maneira como este filme (tal como o material original) mastiga o passado e cria uma realidade espácio-temporal completamente estranha, onde se cruzam elementos do Neolítico com adereços medievais e criações inventadas para o filme, como a espada de Conan. A construção das personagens, a escrita dos diálogos, a concepção da história, tudo deixa a desejar e se revela mediano e pobre.
Se há alguém para quem este filme foi importante esse alguém é Arnold Schwarzenegger. Este actor, hoje consagrado, teve neste filme o seu primeiro grande êxito de bilheteira, e um trabalho que lhe abriu portas a outros filmes, particularmente *Exterminador Implacável*. E de facto, o actor esteve à altura do que lhe era pedido (não era muito, até porque a personagem é basicamente um animal musculado movido a raiva e sem qualquer profundidade dramática) e o trabalho dele é o ponto determinante para o sucesso do filme. Para ser franco, ver a forma como ele se desembaraça, tendo a consciência da relevância que o filme teve para a sua carreira, é o único motivo plausível para o ver. James Earl Jones também aparece aqui e é o único actor capaz de, efectivamente, representar uma personagem, mas não tem muito para fazer, aparece pouco e parece estar fora do seu ambiente e pouco a vontade com a personagem.
A nível técnico, o filme conta com uma direcção eficaz de John Millius e uma boa cinematografia, que tira bom partido dos locais de filmagem. Os cenários e figurinos, aparte qualquer questão de gosto pessoal, foram bem executados e parecem realistas. O maior problema técnico que eu verifiquei são os efeitos especiais e visuais primitivos, alguns deles chocantemente óbvios como o figurante que, para simular o golpe de uma espada, leva ao seu próprio ombro a mão onde, estrategicamente colocada, está uma bolsa de sangue falso que rebenta no seu corpo. As cenas de acção são o ponto forte do filme e são fortemente encenadas e teatrais, mas funcionam e são de certa maneira genuínas. O filme também tem um ambiente que nos leva a pensar que se deu a si mesmo demasiada importância, algo que a banda sonora heróica salienta e reforça, o que acaba sendo cómico em si mesmo.
Em 10 Apr 2022
Autor: Rosana Botafogo
**English**
"What doesn't kill us makes us stronger" But it didn't even make us stronger, lol, what a boring movie, I didn't expect much, I don't like the story, the 2011 version must be slightly better (if not, at least with better effects and modernization) and I simply hated it, I didn't expect anything very promising, or I'm just too boring... Let's go to the last suffering, the 1984 version...
**Portuguese**
"O que não nos mata nos fortalece" Mas nem fortaleceu, kkk, que filme chatinho, não esperava muito, não curto a história, a versão de 2011 que deve ser levemente melhor (se não, pelo menos com melhores efeitos e modernização) e eu simplesmente odiei, não esperava nada muito promissor, ou eu sou muito chata… Bora para a última sofrência, a versão de 1984...
Em 01 Sep 2024