Ou Tudo, Ou Nada

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Lançamento: 13 Aug 1997 | Categoria: Filmes

Ou Tudo, Ou Nada

Nome original: The Full Monty

Idiomas: Inglês

Classificação:

Genero: Comédia

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Produção: Redwave Films, Channel Four Films

Sinopse

Seis trabalhadores desempregados ficam tão desesperados que, apesar de não formarem um grupo de homens sexualmente interessantes ou serem bons dançarinos, decidem fazer um show de striptease, no qual se mostra tudo.

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Reviews

Autor: Filipe Manuel Neto

**Uma excelente comédia, com humor inteligente e criativo.** Esta é uma comédia interessante que mostra que o cinema britânico surpreende, por vezes, com pequenas pérolas de qualidade. Eu não sei bem como foi a recepção do filme no seu país de origem (foi uma época em que os britânicos estavam em choque devido à morte de Diana Spencer, ex-mulher do actual rei Carlos III), mas, no meu país, o filme recebeu pouca atenção devido ao filme “Titanic”, um fenómeno de bilheteiras. Ainda assim, tanto quanto sei, o filme foi lucrativo no geral, e foi bem comentado pela crítica especializada. Nos Óscares de 1998, foi nomeado para quatro prémios, mas só levou o de Melhor Banda Sonora de Comédia ou Musical, categoria que existiu poucos anos. A história desenrola-se em Sheffield, cidade britânica famosa pela indústria do aço, mas que foi muito afectada pela recessão económica e pelo encerramento de imensas fábricas, à semelhança do que sucedeu em Detroit com a indústria automóvel e em Matosinhos, no meu país, com as fábricas de conservas. Para tentarem ganhar dinheiro, seis homens unem esforços para se tornarem num grupo de ‘strippers’ masculino. Eles têm de vencer os próprios preconceitos e, depois, a chacota pública, quando tudo se torna conhecido. O filme tem imensos momentos de humor inteligente e bem construído, e os diálogos têm qualidade. Ao contrário do que alguns críticos profissionais disseram na época, eu achei bem o uso de gírias e palavras especificamente britânicas, pois acrescentou autenticidade aos diálogos. Há ainda alguns momentos comoventes de compreensão e entreajuda. O filme foi muito bem dirigido por Peter Cattaneo, e foi editado de maneira eficaz, com sentido de ritmo que permite ao filme ser envolvente e divertido sem perder tempo e sem se dispersar em subtramas que não dariam em nada. A nível técnico, o filme tem um bom conjunto de cenários e os locais de filmagem foram muito bem seleccionados, mas o que merece maior destaque, na minha opinião, é a banda sonora, que é virtualmente uma bela colectânea de êxitos memoráveis dos anos 70 e 80, incluindo “You Sexy Thing”, “You Can Leave Your Hat On” e outras bem conhecidas. Esta banda sonora luxuosa foi um dos aspectos que mais me deliciou no filme. Um outro ponto forte do filme é a actuação geral do elenco liderado por Robert Carlyle, um protagonista criativo e que nos brinda com uma actuação inspirada e espirituosa. Ao seu lado, temos ainda alguns grandes actores britânicos como Tom Wilkinson (num dos melhores esforços cómicos da sua carreira), Hugo Speer e Mark Addy. Cada um deles é verdadeiramente bom no que faz e recebeu material muito competente com que trabalhar.

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