Alien: Romulus

Autor: Pedro Quintão

A nova incursão da saga "Alien" é visualmente impressionante, principalmente devido ao uso de efeitos práticos que conferem uma autenticidade rara nos dias de hoje. A atenção aos detalhes é extraordinária, e isso eleva a qualidade técnica da obra. Se observarmos com atenção, sentimos o cuidado e a perícia investidos em toda a produção. Existem alguns momentos de CGI, mas a meu ver, foram necessários e não retiraram o mérito artístico. No entanto, senti que o filme, apesar de ter tensão e suspense, poderia ter puxado mais pela nossa ansiedade. Se há algo que o realizador Fede Álvarez nos mostrou em "Don't Breathe" (2016) foi a sua capacidade de criar um ambiente sufocante e claustrofóbico, algo que, infelizmente, não senti aqui. Quanto às personagens, gostei bastante do desenvolvimento destas, é fácil sentir empatia devido à ambição de procurarem uma vida melhor. Eles não são apenas elementos descartáveis, mas sim pessoas com quem conseguimos criar uma ligação emocional. Exceto por uma personagem específica que, felizmente, não tardou a ser eliminada e que me fez criar um "odiozinho" devido à sua personalidade explosiva. Apesar de competente, "Alien: Romulus" poderia ter sido mais curto. Há um ponto em que a narrativa segue por um arco secundário que me pareceu chato, desnecessário, mais do mesmo, o que acaba por quebrar o ritmo. **ALERTA SPOILER:** _refiro-me à decisão de incluírem o um novo androide vilão e de também terem tornado o androide Andy "mau por uns instantes" apenas para alcançar um objetivo narrativo a meio do filme. Mas felizmente, esse caminho fraco serviu para preparar um 3º ato incrível E já que falamos do desfecho, este foi, sem dúvida, o ponto alto do filme. O design da nova criatura é simplesmente aterrador e, na minha opinião, conseguiu ser mais impactante visualmente do que o próprio alien convencional. A intensidade e o terror atingem o seu pico, deixando uma marca que será difícil de esquecer. Este foi um dos melhores 3º atos que já vi num filme de terror nos últimos anos. Saí da sala com um desejo forte de ver uma sequela ou um spin-off com essa criatura, que, sem dúvida, merece voltar a ser explorada._ **(FIM DOS SPOILERS)** "Alien: Romulus" é uma adição interessante ao universo Alien, com pontos altos dignos de elogios e algumas falhas ligeiras, mas que impedem que o filme atinja todo o seu potencial. Ainda assim, é uma experiência que recomendo a qualquer fã do género. Uma das maiores surpresas do ano.

Autor: Matinê Cine&TV

Depois de sete anos, a série de filmes Alien está voltando aos cinemas com um novo capítulo, Alien: Romulus. Dirigido pelo cineasta uruguaio Fede Álvarez (A Morte do Demônio e O Homem nas Trevas), o longa-metragem apresenta uma história audaciosa ao ser uma continuação direta de Alien, o 8º Passageiro (1979). O novo filme se passa entre o clássico e sua até então continuação, Aliens: O Resgate (1986). Em Alien: Romulus, um grupo de jovens busca por um futuro melhor e resolve se aventurar nas profundezas de uma estação espacial até então abandonada. No local, descobrem uma forma de vida aterrorizante que os força a lutar por suas vidas. Fede Alvarez, que também é co-autor do roteiro, propõe algo novo para a franquia ao resgatar as origens de Alien, o 8º Passageiro. Diferente de filmes como Prometheus (2012) e Alien: Covenant (2017) que tentam evocar questões filosóficas e que visualmente se distanciam do filme de 1979, Alien: Romulus retoma o design e o aspecto sujo do clássico da década de 1970. O texto completo você encontra no site: https://matinecinetv.com.br/2024/08/14/alien-romulus-2024-critica/