Autor: Filipe Manuel Neto
**Os inícios humildes (e repulsivos) da carreira de Peter Jackson.**
Este filme caiu há muito tempo no esquecimento, e é bom deixá-lo estar onde está: não tem qualidades realmente notáveis e não merece uma repescagem num tempo em que há tantos filmes muito melhores para ver. Na verdade, custa pensar que o grande director Peter Jackson, que hoje é tão amplamente respeitado, começou com trabalhos tão maus.
Pelos vistos, Jackson estava encantado com o terror barato dos anos 80 e nas comédias de mau gosto que também povoaram esta década, onde parece que os gostos andaram todos trocados. O filme é totalmente amador e isso nota-se pela péssima cinematografia cheia de grão e pela edição atabalhoada e desconexa. Há alguns efeitos, mas quase tudo é barato e soa plástico, falso e feio. Mesmo assim, considerando a modéstia orçamental e a falta de recursos de qualidade, acho que Jackson fez um trabalho decente. Talvez o próprio director, porém, prefira não ser lembrado por este filme!
A história não podia ser mais oleosa e gordurenta: temos uma invasão alienígena feita a uma pequena comunidade rural, em que os aliens estão pura e simplesmente à procura de uma boa fonte de proteínas, que somos obviamente nós, os humanos. Há muito gore e sangue e carne humana por toda a parte, é um filme onde alguns estômagos podem sentir-se indispostos, e com alguma razão. Não é um filme de terror, é uma comédia com muita acção e cenas que metem nojo e que nos fazem perder a vontade de comer as pipocas ou até mesmo questionar a inteligência de algumas personagens, que parecem agir aleatoriamente ao invés de usar a cabeça.
Em 06 Oct 2023