Os Bórgias

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Data da primeira exibição: 03 Apr 2011 | Categoria: Series

Os Bórgias

Nome original: The Borgias

Idiomas: Inglês

Classificação:

Genero: Drama, Crime

Site: http://www.sho.com/borgias

Poster: Ver poster

Produção: Take 5 Productions, Octagon Films, Showtime Networks, Bell Media

Sinopse

A família Bórgia foi uma proeminente dinastia italiana que ganhou muito destaque durante o período Renascentista. Rodrigo Bórgia (Jeremy Irons) é o Papa Alexandre VI, que se utiliza de suborno e várias artimanhas para manter sua posição na Igreja. Com a ajuda dos filhos, ele acaba ganhando muitos inimigos no Colégio de Cardeais, e precisa encontrar novas alianças.

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Vídeo não disponível

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Reviews

Autor: Filipe Manuel Neto

**Uma série interessante, mas com problemas em entender a mentalidade da época retratada.** Esta série foi produzida por um canal de TV canadiano e teve três temporadas, terminando francamente inacabada ao ser cancelada pelo canal, quiçá devido a não ter tido o sucesso que se esperava. Centra-se na figura do Papa Alexandre VI, considerado por muitos um dos piores e mais controversos da história da Igreja Católica, e dos seus filhos bastardos, através dos quais a família fez uma série de jogos de poder com o intuito de controlar a península italiana. Esta é uma série cheia de problemas. Para começar, o facto de não ter sido terminada eficazmente deixa-a sem uma conclusão lógica e fechada, que precisaria, pelo menos, de mais cinco episódios para encerrar. Outro problema é a dificuldade em entender o que era o Papado no período medieval e renascentista. Hoje, você olha para o Papa Francisco e vê um guia espiritual, levado a sério por milhões de católicos e não católicos. Porém, nesta época, o Papa era, acima de tudo, um político e um soberano temporal, que usava o poder religioso para se solidificar como monarca e impor perante outros senhores que, por vezes, eram ainda mais poderosos que ele. Não é algo certo nem errado, bom ou mau, é simplesmente assim que as coisas se passavam e essa mentalidade demorou a mudar. O Papado era apetecível pelo poder ilimitado que conferia a quem o possuísse, e por isso era disputado por quase todas as famílias gradas da Itália, por nobres que queriam usar a Igreja para obter poder para si e para os seus, sem pestanejar em cometer atrocidades anti-cristãs para o garantir. Portanto, para um papa ou cardeal deste período, ter amantes, filhos, ou mandar matar alguém era completamente normal. Não era algo tão chocante como a série tenta fazer transparecer. Essa sensação de que tudo é chocante foi a coisa que mais me irritou nesta série. Revela a incapacidade dos argumentistas para entenderem e aceitarem a mentalidade medieval, muito mais rude e dura que a nossa. Para nós, tudo aquilo choca imensamente. Papas com filhos? Cardeais envolvidos em orgias brutais de vinho e prostitutas? Para nós é a antítese do que devia ser. Para a mentalidade medieval não é assim tão chocante... mas há um senão nisto tudo! A mentalidade medieval não admite as libertinagens sexuais que observamos nesta série. Nem sequer em privado! Portanto, provavelmente, as práticas sexuais ardentes representadas nunca terão acontecido. São mais próprias do nosso tempo e foram inseridas na série para captar audiências. Havia sexo, mas era bastante mais convencional. Assim, o grande problema desta série é a mentalidade. Ela não nos mostra o Renascimento. Ela mostra-nos uma visão "contemporânea" sobre o Renascimento. Não nos dá a Idade Média, mas sim o que nós pensamos acerca dela. O que nós pensamos que é bom, hoje, está presente da mesma forma que está presente tudo aquilo que nos choca. Essa diferença de mentalidades é essencial para entender tudo o que está errado nesta série de televisão. Em contraste, a série fez um esforço titânico para nos mostrar realisticamente o ambiente da Renascença, e da cidade de Roma naquela época. Os cenários, carregados de CGI, são excelentes, embora às vezes possamos ver o uso de recursos digitais de uma forma tão óbvia que estraga o efeito pretendido. Os trajes também foram feitos com qualidade, relativamente fiéis ao período retractado e de modo bastante cuidado. Jeremy Irons lidera o elenco, dando vida ao Papa numa grande performance, ao seu melhor nível. Ao lado dele estão François Arnaud (no papel de César Bórgia) e Holliday Grainger (como Lucrécia Bórgia), dois actores que se destacam ao longo da série, dando vida a duas personagens históricas que, ainda hoje, são polémicos entre os historiadores. Também gostei do trabalho de Gina McKee (no papel de Catarina Sforza), Lotte Verbeek, Peter Sullivan, Sean Harris e David Oakes. Por outro lado, detestei a forma como Colm Feore (um bom actor, com grande talento) desempenhou o papel do Cardeal della Rovere, um dos oponentes do papa Bórgia, mas não é culpa do actor. O problema é o modo como a personagem foi desenvolvida, com muito pouco do século 15 e muito do século 21. Na vida real, Rodrigo Bórgia e Giuliano della Rovere não eram assim tão diferentes. Pensam da mesma maneira e querem o mesmo mas estão em lados opostos do tabuleiro. Mas a série transformou Della Rovere numa espécie de defensor da moral e isso simplesmente não faz sentido. É anacrónico. Terminarei com uma recomendação: esta série tem muitas cenas de sexo, discretas ou óbvias, e alguma violência, então mantenha-a longe dos olhos das crianças e adolescentes. Tente, também, entender que é ficção e que, se quer a história verdadeira, deverá ler alguns livros sobre o tema.

Em 28 Jun 2018

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